Nesse momento Morgan percebeu a movimentação e caminhou até eles, Violeta estava com uma cara assustada e Danilo se fosse com certeza assumiu a feição do mafioso que tinha dentro dele, quando o pai assumia esse sorriso debochado e o olhar escuro alguma coisa acontecia, mas eram adolescentes apenas, Morgan não deixaria nada sair do controle, ele mesmo pensou que Danilo era muito novo para carregar a escuridão que todas as pessoas do seu mundo tinham dentro de si.— Algum problema meu genro? — Morgan interviu.— Nada, eu e Violeta estamos cansados, acho que pra nós por hoje já deu... — Danilo disse e olhou para Violeta, que se levantou e agarrou o braço do pai. Danilo a puxou, para que andasse com ele.Morgan não gostou da atitude do menino ele bufou e o olhou com furia. Mas deixou a bronca para Carlos. O caminho foi feito praticamente em silêncio.Em determinado momento Danilo se aproximou do ouvido de Violeta, pode parecer que não, mas Morgan pôde acompanhar o que o menino disse p

Violeta se sentia feliz com o contato que tinha com Danilo, falava para as amigas da escola que tinha um noivo inglês que era mais novo, mas já estava no último ano. Ele mandava fotos e as garotas a invejavam, dizendo que o noivo era bonito, algumas nem acreditavam, diziam que Violeta pegava fotos de revistas ou na internet de algum perfil.As ligações era supervisionadas, mas hoje ninguém queria acompanhar Violeta, ela acabou pedindo ao primo Ian para ficar na sala com ela. Ela sabia que Danilo não gostava dele, sentia um ciúme fora do comum.Danilo ficou bravo por ele se intrometer na conversa deles, quando era Morgan ou Dayse ninguém se metia, falavam de tudo, sabia que alguém estava ouvindo, mas não se importavam.Depois de desligar, Violeta resolveu explicar a regra ao primo.— Ele ficou bravo? Qual é a desse moleque? — Disse Ian em tom de deboche.— Ian, nós conversamos faz muito tempo, temos nossas regras, todas as ligações são supervisionadas, mas seja lá quem for que est

Já era quase hora do almoço, Danilo estava rodeando Carlos, em todo lugar que o pai ia ele estava lá, parecia querer falar algo, mas não iniciava o assunto.Carlos estava no escritório, cuidando de alguns documentos, Danilo entrou e ficou olhando os títulos dos livros.— Pede logo! — Disse Carlos com uma folha na mão.— Como sabe que quero pedir algo?— Te conheço e sei que você já leu metade desses livros, então não está a procura de um.— Quero ver a Violeta. — Danilo disse timidamente.— Liga pra ela, vocês se falam todos os dias, por que ir até lá?— Pai, ela está chateada comigo, não quero pedir desculpas por telefone.— Não vou discutir, sei que se disser não você falará com a Marcela pra me convencer. Mas vamos amanhã, hoje não...Danilo deu um abraço no pai e saiu do escritório. Tinha dúvidas se ligava ou não para Violeta, pensava que ela não queria falar com ele.A noite, Carlos foi avisar Marcela de sua saída.— My heart! Amanhã levarei Danilo na casa do Morgan, s

Danilo estava feliz e satisfeito com o aprendizado na universidade, tinha acabado de começar quando o pai o alertou de um perigo eminente, a máfia italiana estava a procura de Marcela. Ele e a irmã passaram a assistir as aulas de casa, não saiam por nada, outros seguranças foram contratados e Carlos estava alerta junto com Argos.Danilo tinha encerrado a aula online, era extremamente cansativo para ele essa parte, já faziam meses nessa situação, resolveu ligar para Violeta.— Olá minha flor, o que faz de bom?— Estudando, cheguei a pouco da escola, estamos em ritmo das provas finais.— Sabe que se precisar de ajuda estou aqui.— Não, essa parte a gente já repassou, mas a parte de química ainda me preocupa...Nesse momento Megan entrou no quarto e deitou junto com ele.— Lilo, estou com fome. — Disse ela.— Cadê a mamãe, pede algo pra ela.— Ela está dando ordens ao soldado novo.— Meg, a mamãe não conversa com os soldados, quem era ele?— A mamãe disse que se chamava Lorenz

Violeta tinha acabado de chegar da escola, era seu último ano, estava no quarto lendo quando Danilo ligou. As vídeo chamadas eram frequentes.— Olá minha flor, o que faz de bom?— Estudando, cheguei a pouco da escola, mas estamos em ritmo das provas finais. — Violeta se levantou com o livro e foi para o escritório do pai, ela seguia a regra de supervisão a risca, não queria dar motivos para que o pai proibisse o contato com ele.— Sabe que se precisar de ajuda estou aqui. — Disse Danilo— Não, essa parte a gente já repassou, mas a parte de química ainda me preocupa... — Deu pra ver o momento que Megan entrou e deitou ao lado dele, podia se ver os dois na tela.— Oi Megan! — Violeta acenou e a menina apenas sorriu.Quando Megan começou a falar, Morgan se levantou da mesa e ficou ao lado da filha no pequeno sofá, queria ouvir bem as informações.— Violeta, onde está seu pai? — Danilo parecia preocupado.— Estou aqui, ouvi tudo... — Quem respondeu foi Morgan.— Morgan, minha mãe

Depois dessa conversa, o chefe inglês sentiu confiança em Danilo, ele sempre confiou na palavra de Morgan e Argos e se eles estavam certos da capacidade do garoto não tinha porque ele duvidar.Alguns sócios ainda falavam com Danilo, eles notaram que Violeta estava sempre de braço dado a ele. Danilo e Violeta desceram juntos, e pareciam um casal com intimidades.— Senhor Garden, sua filha dorme sob o mesmo teto que o noivo? Isso não te preocupa? Perguntou o chefe Irlandês.— Não, ela dorme no mesmo quarto, na mesma cama que ele, o casamento sairá em breve e eu estou aqui, estou de olho nos dois, minha filha consegue acalmá-lo, está ajudando o moleque. Deveriam agradecer a ela, mesmo nova sabe lidar com ele, minha Violeta o mantém racional, sem ela seria tudo mais difícil.Violeta ficou incomodada com a presença de vários homens ali, ela notava os olhares e tentava fugir deles.— Meu bem, vou para cozinha, ficarei lá com Suzan e Megan, qualquer coisa é só me chamar. — Ela deu um beijo d

Danilo entrou no quarto e se jogou na cama, estava queimando de raiva, ciúmes e mágoa. Violeta entrou no quarto um pouco depois, tinha chorado, ele olhou na direção dela e se levantou, viu o medo dela, pois assim que se levantou ela deu um passo para trás.— Danilo, por favor...— Vou dormir no quarto de minha mãe! — Ele saiu sem dar atenção a ela.Danilo se sentia perdido, lembrava bem de Ian, nunca gostou dele perto de Violeta agora tinha certeza que tinha razão, não entendia o conceito de Morgan sobre isso, se sentia traído pelos dois.Danilo se jogou na cama, lembrava da primeira vez que viu Violeta, do primeiro beijo, ele suspeitava ter vivido uma mentira, que todo aquele sentimento fosse uma armação de Violeta e do pai.Danilo tomou um banho demorado no banheiro privativo do pai, não tinha pego roupas, achou uma bermuda confortável do pai e vestiu para dormir. Pegar no sono era difícil, mas foi vencido pelo cansaço.Danilo sentiu algo quente sobre ele, a sensação era boa,

Nesse momento o celular de Danilo tocou, era uma mensagem, Violeta pôde ver o nome Juliana escrito na tela. Danilo pegou o aparelho, olhou a mensagem e sorriu.— Ainda tem contato com sua amiga brasileira?Danilo percebeu o tom enciumado de Violeta, ela não associou o nome a pessoa, não sabia que Juliana era a pessoa chamada carinhosamente de tia Ju, a mulher tinha idade para ser sua mãe, o resgatou quando criança e agora na velhice ele procurou por ela e enviava algumas quantias para as necessidades, a vida de uma aposentada era difícil.— Claro que sim, contei a Juliana de nossa briga ela me mandou mensagem para saber se estou bem, se ainda estou com você, ela pergunta de meu pai diariamente.— Contou a ela...— Violeta não tenho segredos com ela, e eu queria conversar com alguém, então sim contei!Violeta tentou se aproximar e Danilo deu um passo pra trás, os olhos de Violeta se encheram de lágrimas.— Tudo bem, falarei com meu pai, partiremos o quanto antes.O celular de D

Semanas depois Carlos teve alta, Ronald, Bryan e Morgan ajudaram Carlos a se instalar em casa, ele ainda não conseguia andar devido o tempo de internação.Danilo dormiu no quarto do pai todos aqueles dia evitava Violeta, não a queria por perto. Agora que o pai estava de volta, Morgan voltaria para Escócia com a filha, ele se sentia derrotado por sair dali sem saber se haveria um futuro casamento ou não.— Além de meu filho nunca tive homens em meu quarto se encostarem na cama que minha mulher dorme, mato um. — Carlos disse rindo, ainda estava de cama, mas Ronald, Bryan e Argos estavam com ele, todos em pé, apenas Danilo teve permissão para se sentar na cama.— Onde está Morgan? — Perguntou Ronald.— Saiu faz alguns minutos, está voltando para Escócia. — Disse Danilo.— Soubemos que a menina dormia em seu quarto, com você... Não podia esperar moleque? — Disse Ronald zombando.— Ronald respeita meu filho, ele não é igual a você.— Ronald, eu não toquei em Violeta. — Danilo estava

Violeta e Morgan estavam a caminho de casa, ele estava visivelmente chateado com a filha.— Pai, está bravo comigo?— Por que não me contou que seu primo a perseguia? Você dava liberdades a ele?— Pai, não pense isso de mim...— Violeta, você me disse que aconteceu um beijo, um único beijo e eu o mandei pra longe de você, na minha mente eu havia evitado qualquer coisa que pudesse sujar sua imagem. Se Danilo retirar o pedido de casamento terá que revelar o motivo aos chefes dos outros países, você nunca se casará, porque homem nenhum lhe achará digna de confiança, se quiser um dia ter sua família, terei que aceitar qualquer um que a queira, seja este um homem bom ou não, e no nosso meio, não há muitos.— Ai pai, eu prefiro morrer sozinha... Se eu não me casar com Danilo, não quero mais ninguém...Eu errei, e pra falar a verdade eu contaria cedo ou tarde, não me sentiria bem escondendo isso dele.— Filha, o que acontecia entre você e Ian?A pergunta era desconfortável, mas as ment