FernandaAo ouvir tudo aquilo de dona Júlia, encaro Anna com ódio, pois ali estava mais uma prova de sua culpa e para minha desgraça, eu não tinha como comprovar absolutamente nada. Respiro fundo, me contenho ao vê-la finalmente se afastar e fico sentada ansiosa por novidades à respeito da minha mãe. Minutos depois, dona Júlia é solicitada por uma médica, com certeza para saber algo sobre a filha. Ela prontamente levanta, e eu fico ali, sentada, com minhas angústias, incertezas, pensamentos e lembranças que não me deixavam em paz. Fecho os olhos, e em minha memória surge o rosto do Pietro, o seu sorriso, suas palavras de conforto e tudo o que vivemos à poucas horas. Solto um suspiro, cheio de saudades, mas também de preocupação por não saber do seu paradeiro e não vou negar, que estava louca que ele estivesse ali comigo. Pois, só através dele e do seu amor, que eu conseguiria a força necessária, para suportar todas essas punhaladas, que eu insistentemente, estava recebendo da vida.
Ler mais