Os lábios vermelhos da mulher entreabriram-se, cintilantes sob o efeito da droga. Imagens que Simão tentava esquecer cruzaram sua mente. Naquela noite, não muito distante, ela o olhara da mesma forma. Por alguma razão, uma sensação de calor aflorou em seu peito. E Clara, aproveitando o momento, o envolveu ainda mais apertado em um abraço. Duarte, percebendo que Simão não a repelia, se sentiu confuso. “Durante o dia, Simão admitiu claramente que ela não era a esposa dele. O que estava acontecendo?” Seu olhar se voltou para Clara, a garganta apertada. - Clara, sou eu, Duarte, venha aqui. Ele presumiu que o efeito do medicamento já tivesse começado; Clara, no estado em que se encontrava, não resistiria a quem quer que a levasse embora. Estendendo a mão, ele viu o olhar em direção a Simão e hesitou. Simão não era tolo. Aquela mulher havia invadido seu vestiário durante o dia, obviamente para fugir de Duarte. Não tinha como ela ser a namorada dele. "Se é ou não sua namorada, Sr.
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