Stella sente alguém puxando o seu lençol e, ao se virar, vê a sua amiga Esmeralda deitada ao seu lado, já toda enrolada com a sua cobertura. Ela não entende o que ela está fazendo ali. Stella pega o seu relógio para verificar a hora e o desânimo a encher ao ver que ainda são duas horas da madrugada. Ela pensa que essa capetinha deve ter arrombado a porta e ninguém ouviu. Com certeza, ela ameaçou os seguranças para deixá-la entrar.— Vai me dizer que você foi expulsa de casa e decidiu vir até aqui, acaba com meu sono, e isso? — Stella odeia ser acordada. Dormir é uma arte que poucos apreciam, contudo, Stella não é uma folgada que passa o dia na cama. Ela estava em um sonho tão bom que ficou com vontade de chorar agora.— Quando isso acontecer, trarei todas as minhas coisas para seu quarto, não se preocupe! Meu pai teve uma briga com a namorada de novo, na verdade, agora é ex-namorada. Não suporto aqueles dois discutindo então vir até aqui. — Diz, colocando a coberta em seu rosto.— El

A cena à sua frente parece estranha para ela. Sua amiga está jogada no chão, rodeada de travesseiros, junto com seu parceiro, cuja natureza do relacionamento ela não tem certeza, mas supõe ser uma amizade colorida. Stella também observa o homem alto, quase dois metros de altura, que está esparramado em sua cama. Se alguém olhar de fora, dirá que parecem adolescentes Ela liga a televisão e os rapazes escolhem um dos filmes mais famosos da Grécia, onde o príncipe do reino se apaixona pela rainha espartana e a leva embora para seu reino. Isso desencadeia uma guerra por causa desse amor, que acaba em tristeza, pois não tem um final feliz, como nos contos de fadas. Às vezes, o final feliz não está na vida, mas na morte, e é algo que devem apenas aceitar.— Não gosto deste filme, ver pessoas morrendo em batalhas e assustador. — Aslan aconchega-a em seus braços, lhe consolando.— Desculpa bebê, não sabia que ficaria tão emotiva assim… Da próxima vez terei cuidado. — Seu olhar febril sobre

Ela está adormecida, profundamente imersa em seus sonhos, quando ouve um chamado baixinho. Sua mente vagamente reconhece a voz, mas ela não consegue identificar de quem é. Mas esse chamado é suficiente para acordá-la de repente. Ela senta-se na cama, os olhos arregalados, o coração batendo forte como se tivesse acabado de correr uma maratona.Alexandre se assusta com o repentino movimento da filha. Ele olha para ela com uma expressão preocupada, tentando entender o que está acontecendo. — Aconteceu alguma coisa? — Ele observa, esperando uma resposta rápida.— Responda, Stella. — Diz calmamente. — Nenhum problema, pai, apenas sonhos maus! — Diz, percebendo que Esmeralda e os rapazes saíram do quarto.— Está bem, se arrume e desça, pois só falta você para o café da manhã. — Ele diz, se virando para ir embora.— Pai, o senhor viu Esmeralda? — Ele arqueia as sobrancelhas para ela. — Ela não me avisou que estava indo! — Stella sorri para ele, como sempre faz.— Não, não a encontrei indo

Louise caminha agitadamente pelo espaço amplo da sala de estar, ostentando pouca disposição. Seus lábios se movem sem fazer som enquanto ela pensa alto sobre Stella e sua turma de "Nerds", que provavelmente ignoraram a hora olhando romances inúteis de contos de fadas. Ainda falando sozinha, ela reconhece a necessidade de ser mais gentil com a irmã, mas sua máquina de satisfação pessoal parece obter prazer em perturbar Stella até vê-la triste.Louise, não suporta que Stella seja a única menina dos olhos do seu pai, sempre inteligente e perfeita no que faz, sempre às melhores notas e obediência completa, mesmo que cometa um deslize o seu pai a perdoa. A verdade é que nunca suportará isso, pois também merece ser tratada muito melhor que a sua irmã, já que é a caçula da família Katsaros, ela pensa em voz alta.Louise observa atentamente a sua irmã entrar pela porta, lhe cumprimentando.— Finalmente... chegou! O que estava a fazer de tão importante para me deixar esperando? — Pergunta Loui

Ela chega no hotel onde Aslan está hospedado e fica esperando no carro. Ao vê-lo na porta de saída, ela sente seu ventre contrair, uma sensação que não consegue descrever. Aslan está delicioso e sua aparência é impecável como sempre. Sua barba estilo lenhador o deixa com cara de homem bruto e sedutor. Ela está imersa em seus pensamentos quando é surpreendida pela voz masculina que a tira de seus devaneios. O som é rouco e delicioso de se ouvir, fazendo com que ela se sinta atraída. Ela se vira lentamente para vê-lo, ela sente sua pulsação acelerar.— Um beijo quente por seus pensamentos, o que acha? — Aslan propõe com o seu jeito sedutor.— Pois serão muitos beijos que daremos. — Essa proposta é irresistível para Stella. Sentado no banco do carona ele puxa a nuca dela e afunda os seus dedos nos  cabelos macios e sedosos de Stella.  Tomando os lábios dela num beijo intenso, o ar fica escasso em seus pulmões enquanto eles se beijam fervorosamente

Ela abre os olhos sentindo o calor do sol em seu rosto, indicando que é hora de acordar. Mesmo ainda sonolenta, ela percebe que está sozinha na cama king size no quarto do resort. O aroma do mar preenche o ar e ela consegue ouvir o som das ondas espatifando na praia, oferecendo uma trilha sonora perfeita para o início do seu dia. As lembranças da noite anterior invadem sua mente e ela sorri pensando na perfeição daqueles momentos. A paixão e o desejo que eles compartilharam foram tão poderosos que ela sentiu que poderia explodir de felicidade. Mas essa sensação de alegria rapidamente se transforma em preocupação quando ela percebe que seu amado desapareceu.Ela se mexe na cama, meio confusa e sonolenta, procurando por Aslan. No entanto, ele parece ter desaparecido completamente. Não há sinal de sua presença no quarto, exceto pela memória intensa dos momentos que viveram juntos. Embora ache estranho, ela se lembra que ele falou que voltaria para seu país na madrugada - mas a

Os dias passam lentamente para ela e, durante esse tempo, dedica-se inteiramente à universidade, tornando-se uma pessoa mais caseira e introspectiva. Seus amigos, Esmeralda e Fillipo, fazem frequentes visitas, este último permanecendo por causa da boate e dela. A sua aparência intimidadora afasta a maioria das pessoas, mas quando estão sozinhos, ele se mostra atencioso e preocupado com o ambiente em que estão. Parece quase um irmão mais velho, sempre muito protetor.Ela está agora em seu quarto, se preparando para dormir, bastante exausta após semanas cansativas. A corrida das colinas se aproxima e, para ela, será um desafio bastante intenso. Nos últimos dias, ela tem feito testes com o seu carro, buscando ajustá-lo para o grande dia. Sabe que a competição não será fácil, mas tem foco e determinação para ser a primeira mulher a sair vitoriosa. Assim, enquanto se deita na cama, fecha os olhos e visualiza a corrida, buscando se preparar mentalmente para tudo que virá pela frente.Stella

Stella vive cada dia como se fosse o último, no entanto, há alguns dias em que ela não aparece na universidade. Todos os dias, ela sai cedo para treinar, uma vez que a corrida se aproxima.Seu pai, no começo, não quis aceitar, porém, vendo o esforço dela, acabou jogando a toalha. Alexandre anda preocupado com a situação da filha. Todas as vezes que ele tenta conversar, ela sempre inventa uma desculpa, fugindo do assunto.Stella e Esmeralda estão sempre no apartamento de Fillipo. Desde aquela noite, o nome de Burak não foi mais mencionado por eles. A última vez que Fillipo e Burak se falaram, terminaram em discussão, pois Burak o avisou que ele deve voltar ao país. No entanto, Fillipo está relutante devido ao seu relacionamento com Esmeralda.O aniversário de Stella é a corrida nas colinas, chegou para dar a ela uma adrenalina irresistível.— O que acha de comemorarmos o seu aniversário à beira do mar? — Pergunta Alexandre.— Hum, será ótimo. A brisa do mar irá acalmar minha alma, poré

Stella, impaciente, decide ir ao terraço ver a lua. Isso a deixará mais calma. Então, ela caminha lentamente até as escadas e sobe. Porém, ela não imaginaria que encontraria ele de costas para ela, admirando a paisagem negra à sua frente.— É tudo tão bonito! Principalmente em lua cheia. O ar fica diferente, cheio de mistérios. — Ela fala, o assustando.— Verdade! O que faz aqui? — Ele pergunta-lhe, dando as costas novamente.— Estou sem sono, então decidi vir até aqui tomar ar fresco. — Responde. — Seu pai pode brigar por estar aqui fora! — Ele fala, sua voz parece carregada de gelo.— Antes de vir, passei no quarto dele; ele apenas me disse que não impediria! — Ela fala. — Porém, tenho quase certeza que ele sabe sobre nós. Você, sendo amigo dele, deve ser difícil digerir essa história. — Sim, deve ser muito difícil para ele, assim como para mim. — Sua expressão é serena, enquanto permanece olhando a escuridão ao redor. <

Eles chegam na pousada. Então, Fillipo e Esmeralda vão logo se aconchegar, enquanto Stella, Aslan e seu pai conversam um pouco. Alexandre sai, deixando-os sozinhos. No entanto, eles não sabem exatamente o que dizer um para o outro. Stella levanta-se e diz que irá para o quarto, pois precisa de um refrescante banho. No entanto, Aslan diz que também irá subir. Eles sobem as escadas e, ao chegar no final do corredor, Stella abre a porta do seu quarto. Porém, Aslan entra junto com ela.— O que você quer? — Pergunta.— Nesse momento, apenas ficar perto de você um pouco. Eu sei que não mereço. — Diz.— Melhor você ir para o seu quarto. Essa situação é complicada demais. — Stella reclama.— Eu sei, porém, ao amanhecer, estarei indo embora de vez. — Fala com uma expressão triste no rosto.— Problema seu. Apenas não quero mais problemas do que já arrumei. — Ela diz, virando de costas para ele.— Eu te amo, Stella! Sei que essa situação não é o ideal para nós. — Fala, tentando abraçá-la.— Não