Ronan e Regina estavam deitados lado a lado na cama, fitando o teto com as respirações pesadas. O momento fora muito intenso, ambos estavam com pressa, ansiosos para compartilharem daquele prazer. E no ponto de vista de Ronan, havia superado as expectativas. Estar com ela era exatamente como ele lembrava, intenso e viciante, seus corpos e desejos pareciam se encaixar perfeitamente. Ele esboçou um meio sorriso de satisfação, quando se deu conta que ela tremia a seu lado, quando se virou em sua direção, viu que Regina estava chorando.Levantou um pouco o corpo, preocupado e tocou o rosto dela.— O que foi? Eu te machuquei, aconteceu alguma coisa?Ela não conseguia proferir nada, apenas balançava a cabeça em negativa, e continuou em prantos.— Regina, você está me deixando preocupado, me fala o que aconteceu, por que você está chorando assim?Regina afastou a mão dele, se sentou na cama. Cobriu sua nudez com o lençol e tentou em vão secar um pouco as lágrimas com as costas das mãos, com

Regina não podia negar que estava se sentindo tentada a dar uma volta naquela pista. A despedida da pista do Tommy havia sido triste. Ninguém sabia disso, mas quando ela chegou nos Estados Unidos, o setor de jogos da empresa estava fazendo laboratório em uma arena de Supercross, para um novo game. A convidaram para ir junto e ela não teve como recusar.Quando chegou lá achou tudo muito barulhento e as acrobacias eram malucas. Ficou em um canto olhando tudo, até que um senhor se aproximou dela.— Garota, parece que você vai sair correndo a qualquer momento.— Digamos que eu não tenha um bom passado com motos.Ela disse a ele.— Se alguma ja te derrubou o conselho que eu te dou é encarar, não pode deixar uma dessas te vencer. Ela pensou se deveria ou não responder que o problema não era uma moto em si, mas sim alguém que pilotava uma moto. Porém achou melhor deixar ele fazer suposições, seria menos constrangedor.— Eu poderia aprender a andar de moto, eu acho.— Por 200 a hora eu te en

Aquilo era inacreditável, Ronan pensou ainda perplexo. Quando eles se conheceram ela nunca havia subido em uma moto, e agora, parecia que havia nascido sobre uma. Como podia ter aprendido a dominar assim uma motocicleta tão rápido? Então ele se deu conta, não sabia se havia sido rápido, não sabia como tinha sido, pois não sabia nada sobre ela e o que tinha feito nesse ano que havia passado. Uma coisa era certa, ela havia praticado muito, pois era melhor que todos que estavam ali correndo.Ele ainda remoía o restante da chateação por ser pego de surpresa quando um dos plantonistas se juntou ao grupo.— Ronan, a princesa veio até aqui?— Foi você que disse a ela onde estávamos?— Sim, porque, não podia? Ela queria saber algo sobre as vacas, eu disse onde vocês estavam. Aliás, estou no meu intervalo, já terminei de dar comida.— O que ela queria?— Ela não disse, só disse que tinha algumas dúvidas.Ronan comemorou o motivo que havia ganhado para ir atrás dela.— Eu vou ver o que ela que

— E aí Rê, vai parar de fazer mistério com essa sua dúvida sobre as vacas?Ronan disse quando se aproximou dela.— Não tem mistério nenhum! Eu estava pensando sobre o cio das vacas, como ele funciona em si. Se eu conseguisse inserir esses dados no aplicativo, talvez fosse mais prático de controlar. E então eu pensei em fazer isso.— Bom, eu acho que isso não seria muito fácil, já que são muitas vacas e nem todas entram no cio ao mesmo tempo. Mas ter essas informações arquivadas pode ser útil sim, e facilita que você já tenha as vacas cadastradas, não é tão difícil, mas vai dar um pouco de trabalho.Ela deu de ombros e abriu o bloco de notas.— Não importa, vamos começar pelo início. Me fala um pouco sobre o processo em si do cio.Ele sorriu e assentiu, aquela definitivamente não era uma conversa que ele se imaginava tendo. Mas essa era a Regina, ela simplesmente poderia falar sobre qualquer coisa, isso sempre o havia deixado intrigado e um pouco impressionado. Com calma, Ronan começou

Ronan e Regina atacaram a torta assim que chegaram à cabana. Os dois estavam sentados à mesa e Regina pegou o último pedaço e colocou em seu prato, o que fez Ronan protestar imediatamente.— Ei, isso é uma falta de educação, deveria deixar o último pedaço para o dono da casa.— Eu não, você que é mal educado e deveria deixar para a visita.— Eu fui até a cidade correndo para buscar a sua torta favorita.Ele disse, enquanto ela mastigava as últimas garfadas e respondia de boca cheia.— Sim, por isso mesmo esse pedaço era meu por direito!Quando terminou ela levou o prato até a pia.— Obrigada por isso, fazia muito tempo que eu não sentia esse gosto, é simplesmente maravilhoso.Regina falou, ainda escorada na pia. Ronan caminhou até ela com um olhar insinuante.— E o que eu vou ganhar em troca desse gesto tão cortes?Regina respondeu em um falso tom chocado, mas já envolvendo os braços ao redor do pescoço dele.— Que feio isso Ronan, presentes tem que ser dados sem esperar nada em troca

Quando chegou em seu quarto, ela tomou um banho e dormiu diante da exaustão, acordando após o horário do meio dia. Coitado do Ronan que ainda tinha que trabalhar. Comeu alguma coisa rapidamente e foi entrevistar os peões que lidavam diretamente com as vacas. Cruzou com Ronan algumas vezes durante a tarde, porém manteve uma postura distante, como se nada houvesse acontecido entre eles.Inicialmente ele lhe dirigia olhares zombeteiros, mas ela fez questão de ignorar cada um deles. Regina só se dirigia a ele se fosse estritamente necessário, e o clima começou a ficar um pouco pesado.Em um momento, eles estavam vacinando os porcos no chiqueiro, ela se aproximou para observar curiosa. Eles pegavam um por um, vacinavam e soltavam os animais que voltavam rapidamente para seus lugares favoritos no lamaçal. Quando ela se aproximou mais, Ronan terminava com um deles, ele então tocou o animal para que corresse para o lado dela. Regina se assustou e deu vários passos para trás, se desequilibra

Regina passou praticamente todas as noites na semana na cabana de Ronan, e durante o dia ele sempre dava um jeito de provocá-la de alguma forma, e vice e versa. Quase foram pegos dando uns amassos no confinamento das vacas. E em uma tarde de sol, quando o serviço estava calmo na fazenda, eles escapuliram e foram nadar no rio juntos. — Você está sabendo do grande evento do final de semana?— Sim, minha mãe me ligou ontem. O tio Andreas quer dar uma festa para o retorno o da Céu da lua de mel.— Ele me disse que vai chegar no sábado, mas quer falar comigo antes da festa.— Hum… será que você vai ser demitido?Ela brincou, ele bateu na água de propósito para respingar na cara dela.— Engraçadinha, é óbvio que não! Se ele me demitir a fazenda para.— Convencido…— Não, apenas realista.Regina sorriu.— Meu pai e minha mãe chegam na sexta feira, Céu e Caleb no sábado também. Eu mal posso esperar para vê-la, estou com muita saudade.— Eu imagino. Do jeito que vocês eram próximas.— Depois

Ronan ficou um pouco chateado e preocupado ao mesmo tempo, por Regina não aparecer naquela noite. Ela disse que não estava se sentindo bem, mas não entrou em maiores detalhes. No dia seguinte iria ver como ela estava, por hora era melhor deixá-la descansar. Ficou decepcionado por não vê-la essa noite, ficaram todas as noites da semana juntos. Talvez aquilo estivesse saindo um pouco do controle, mas parecia que simplesmente eles não conseguiam ficar afastados. O sexo era fora de serie, mas nao era so o sexo. Regina era incrível, inteligente, engraçada, uma ótima companhia. Eles se divertiam absurdamente juntos, pelo menos ele achava que sim.Ainda não acreditava que ela havia feito ele vestir uma fantasia sexy de Zorro, apenas de sacanagem. Ele sorriu com a lembrança da situação ridícula. Apesar de ter mudado em vários aspectos, ele ainda reconhecia muito da garota tímida que o havia cativado no passado. Insegura mas de língua afiada, divertida e cheia de surpresas. Ela cantava, danç

Na sexta feira Regina acordou cedo, na verdade havia se virado da cama a maior parte da noite. Era duro admitir, mas havia sentido falta de dormir nos braços do Ronan. Ela havia se acostumado a dormir com o calor do corpo e o cheiro dele. De repente a cama que dormia desde criança parecia tão fria e solitária, parecia inadequada. Tratou de levantar e tomar um banho, pois seus pais não demorariam a chegar. Estava com muita saudade deles, e de Céu também que chegaria no dia seguinte. Tomou um café e a campainha do primeiro portão soou, o que anunciava que eles haviam chegado. Ela foi até o lado de fora para recebê-los. Quando o carro passou pelo segundo portão, ela viu que Ronan vinha em sua direção no pátio, mas se refreou quando percebeu o veículo. Sua mãe e seu pai desceram primeiro, mas sem seguida desembarcou também do carro um sorridente e saudoso Josh, que praticamente correu em direção a ela, a abraçando e erguendo do chão.Regina estava surpresa, na verdade estava chocada. Nem

Durante o dia, Regina levou Josh para conhecer a fazenda. Falou sobre como estava indo o aplicativo, e tudo que ainda precisava fazer. Passou por Ronan em alguns momentos, ele estava supervisionando o trabalho dos peões. Ela se sentiu ainda mais desconfortável cada vez que ele desviava o olhar quando ela e Josh se aproximavam. Toda aquela agitação a estava deixando bastante agitada, frequentemente perdia a linha de raciocínio e o fio da meada do que estava explicando. Quando o via ao longe ficava observando para ver se ele falaria algo, mas ele apenas a ignorava e seguia fazendo seu trabalho. Depois de muitos erros e de gaguejar bastante, Josh finalmente a interrompeu.— Regina, tem alguma coisa acontecendo? Você não parece bem, podemos ver tudo outra hora.Ela fechou os olhos e tentou controlar a respiração. Talvez estivesse tendo uma crise de ansiedade. Agora que havia decidido finalmente falar com Ronan, ele a estava evitando. Passava por ela como se não a conhecesse, como se ela