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Vinte e um.
Ele a olhava se atrapalhando com o café da manhã, isso o fazia rir, ele se levantou do balcão e foi até ela que se assustou com seu toque repentino, e deixou o copo cair na pia, Ryan gargalhou a virando para si, a beijando sem dar tempo dela reagir. Como sempre ele foi o primeiro a acordar iniciando a sua rotina, quando voltou para casa encontrou a esposa na cozinha. Ela estava cantando e dançando até ouvir a voz dele, ela se virou para ele com o rosto vermelho, gaguejou apenas para responder seu bom dia. Ele se sentou no banquinho do balcão e ficou a olhando se atrapalhar toda só por ele está ali, isso é algo que lhe faz sorrir, afinal ela nunca havia ficado dessa forma antes. Ele desliza as mãos do quadril para o pescoço da mais nova a beijando com carinho, afasta seus lábios dos dela ainda sorrindo, o que a faz revirar os olhos. — Idiota. — Ela diz se virando de costas para o mesmo que a abraça pela cintura, deixando sua cabeça sob. — Dá para me largar?— Não até me dizer o porquê
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Vinte e dois.
Ryan olhou para a esposa agora dormindo depois de uma noite quente e um banho relaxante. Ele a admirava enquanto sua mente lhe dizia o quão sortudo ele era por tê-la, ao mesmo tempo, em que lhe dizia que não a merecia. Fez um acordo consigo mesmo: se um dia Kristin se apaixonasse por alguém que não fosse ele, ele a deixaria ser feliz, mas ameaçaria quem fosse o primeiro. No dia seguinte Kristin estava tendo um dia de garotas, Ícaro ficou indignado por ser excluído desse dia de cuidados. Ela e Kelly estavam no salão fazendo as unhas e arrumando os cabelos, pois hoje ela, Ícaro e Kelly iriam a uma festa de uma colega de curso, Ryan não poderia ir, pois teria que viajar a trabalho. Por isso ele havia ficado um tempo a olhando enquanto ela dormia, para gravar cada pedacinho de sua esposa.— Então você e Ryan estão tentando? — Kelly pergunta, Kristin a olha sentindo seu rosto corar. — Nossa prima, não é como se você tivesse acabado de perder a virgindade, quando vai vim meu afilhado?— Qua
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Vinte e três.
Três meses após a discussão que Kristin e Ryan tiveram, eles ainda não haviam voltado a se falar, ele se sentia um idiota, e ela se sentia estupida por pensar que teria um relacionamento mais ou menos saudável com o homem. Eles estava dormindo juntos, por conta do costume apenas, mas estava sem se falar, até hoje, na verdade. Ryan saiu do se escritório pulando de alegria, afinal, havia acabado de receber uma notícia ótima e que seria provavelmente o pontapé para sua reconciliação com Kristin.O advogado responsável pelo caso de Angel ligou informando que o juiz quer marca uma audiência em breve e que aparentemente eles tinham 80% de chance de ter a guarda da menina. Ele tinha que contar isso para Kristin. Assim que saiu de escritório, sua secretária o olhou com olhar interrogativo, ele estava dançando enquanto andava, ela estranhou, pois não havia nenhum projeto milionário que haviam fechado recentemente com algum cliente, ele só reagia assim quando sabia que era muito dinheiro em jog
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Vinte e quatro.
Kris, Ryan e Angel fazem o café da manhã todos os dias, desde o dia em que a garota veio morar com eles. Isso já faz quase um ano. Nesse período tudo mudou na rotina do casal. Agora, não é somente Kris e Ryan no carro, tem Angel que vai todo o trajeto cantando. Ryan retorna mais cedo do trabalho para ficar com elas. Não corre mais por quase duas ou três horas, pois precisa voltar mais cedo para ajudar as duas no café da manhã. Nos finais de semanas os dois são acordados pela garota de 8 anos. Ryan e Kristin não são mais Ry e Cristal, agora são mamãe e papai. Eles amam ouvi-la os chamando assim. É claro que, mesmo que a pequena já tivesse os, avisado que ela os chamaria dessa forma, eles estranharam no início, mas com o decorrer dos meses começaram a aceitar o fato de que eram, sim, os pais de Ruivinha. O aniversário de Kris está cada vez mais próximo, como no ano anterior não havia sido comemorado. Não pretendia comemorar esse ano também, pois ficaria em casa com seus amigos
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Vinte e cinco.
Passaram-se alguns meses desde a festa de Kristin, e ela estava uma pura confusão, seu coração e mente estavam em uma briga constante, principalmente agora. As mensagens haviam cessado, sua barriga já estava bem mais evidente, beirando as 15 semanas. Ryan que já passava um bom tempo em casa, ela sempre vinha com Ícaro para casa, afinal, era quase uma regra o rapaz ir para sua casa logo após as aulas, mas agora Ryan fazia questão de buscá-los. Kelly sempre aparecia por lá. Eles conversavam por horas até que chegasse a hora de buscar Angel, algo que Kelly e Ícaro costumavam fazer, deixando ela sozinha com o motivo de sua louca passageira. Mentiria se dissesse que não havia pensado em separação, poderia usar as imagens que tinha a seu favor, mas gostava de Ryan, sabia que se fosse em outros tempos ela teria mandando ele ir a merda. Talvez tenha se envolvido de mais, mas não se envolveria, ele foi e sempre será a primeira pessoa que ela gostou, que fazia seu coração errar uma batida com u
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Vinte e seis.
Entre lágrimas, cabelos avermelhados, rosto avermelhado, dentes nos lábios também avermelhados, o gosto ferroso do sangue que escorria de seus lábios pela força que os mordia, uma dor insuportável que parecia a melhor dor que já havia sentido em toda existência, uma força que nunca havia feito. A voz distante de Austin dizendo o quão forte ela é, e que ela precisa fazer mais força.— VEM PARA O MEU LUGAR E FAZ FORÇA PORRA! — Gritou irritada, Austin mordeu os lábios para não rir. — VOCÊ ESTÁ RINDO? EU TE MATAR AUSTIN! MERDA. — Ela grita sentindo todo o seu corpo se despedaçar, já faz mais de 10 horas que está aqui e não entende o motivo dessa criança não sair de dentro de si. — Filho, se você sair, m-mamãe te dá um doce, eu juro.— Mas força mãezinha. — Kristin fuzila a médica e faz força. Quatorze horas de parto, Brendan estava nos seus braços se amamentando, Austin estava cochilando no sofá do quarto, a porta é aberta e ele permanece no mesmo lugar, estava realmente cansado. Ela olh
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Vinte e sete.
Ryan fitava um ponto fixo da parede, faz mais de 3 meses que Kristin foi embora com seus filhos, ele tentou de tudo para que ela voltasse, mas ela sempre dizia o mesmo “Você fez as suas escolhas, Ryan” isso doía como uma faca perfurando seu corpo. Sim, ele havia feito as suas escolhas, uma delas e a mais importante foi a sua família, e por conta de suas escolhas, a perdeu, idiota. O copo que estava em sua mão a poucos segundos se encontrava despedaçado próximo a uma parede, se sentia um completo imbecil, como deixou isso acontecer? Deveria ter evitado, deveria ter negado qualquer investida de Penélope ou de Paola. Suspirou irritado, ele se levantou do sofá sentindo seu corpo pesar um pouco por conta de ter bebido além da conta, queria falar com Kris e iria até ela, sabia que não deveria misturar álcool com direção, mas precisava dela, precisava da sua Ruivinha. Ele escutou a porta abrir e quando olhou lá estava ela, Kristin havia acabado de receber uma ligação de uma das funcionárias,
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Vinte e oito
Ryan viu ela descer na frente do condomínio do irmão e se sentia um idiota por ter feito o que fez, mesmo querendo reconquistá-la, não poderia prender ela a si, por isso pediu para ela se abrir com ele. Não vai impedi-la de ter algo com Austin, mas vai tentar evitar que isso venha a acontecer. Entende que ela não teve muitas experiências além dele, e quando fala isso, quer dizer em tudo, ele tem receio que Austin volta a cometer erros do passado. Além de que ele nunca entregaria Kristin de bandeja para o amigo, tentaria até o último segundo. Assim que Kristin entrou no apartamento, foi recebida com o abraço da filha e viu seu pequeno vindo cambaleando até ela, o pegou nos braços e ajudou Angel a terminar de se arrumar, mesmo ela já tendo quase 11 anos, Kristin ainda a ajudava. — Angel! — Kris a chama olhando pelo retrovisor, ela brincando com Brendan que rir com ela.— Oi, mãe? — A Ruiva mais velha sorrir com essas simples palavras, ama ouvir Angel a chamar assim, nunca forçou ela a
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Vinte e nove.
Ela não podia acreditar no que estava vendo, Ryan havia assinado o divórcio, seus 21 anos finalmente havia chegado e ela se via livre dele. Pensou que a sensação seria outra, não que estaria tão triste, isso que deu se apaixonar por ele. Se não tivesse se envolvido tanto, não estaria tão mal assim, não se sentira tão mal ao ver ele a olhar daquela forma. Se levantou da mesa e saiu da sala após se despedir rapidamente das pessoas que estavam presentes. A sua vida era um verdadeiro drama. Foi até o banheiro do escritório de advocacia, um assunto específico havia mexido com ela, a guarda das crianças, ficou surpresa quando ele disse que queria recorrer, ele estava sendo ridículo ao seu ver. Como ele poderia recorrer a guarda dos filhos? Ela havia pensado que seria uma boa essa separação, mas Ryan resolveu recorrer com uma desculpa idiota que ela é
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Trinta.
Mais uma vez Ryan havia feito Kristin ficar com raiva dele, não era ódio, era apenas uma raiva profunda. Ela não queria ficar com sentimentos ruins para com ele depois do divórcio, queria manter a amizade que haviam construindo durante esse tempo de casamento, queria que aquela amizade permanecesse intacta, porém como da última vez que se desentenderam ele havia estragado tudo. Ela em nenhum momento pensou em pedi a guarda dos filhos, pós em sua cabeça tudo já estava planejado e ela se sentiu muito mal por Ryan ter pensando nisso. Achava que ele estava agindo como uma criança que faz birra quando não tem o que quer e isso a irritava, afinal ele não é uma criança e sim um homem adulto que tem que aprender que nem tudo é do jeito dele. Ela nunca proibiria seus filhos de conviver com o pai, nunca faria nada desse tipo, mas viu nos olhos de Ryan que ele seria capaz de fazer o contrário dela. Foram cerca de 8 meses brigando na justiça pela guarda das crianças, Brendan já havia en
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