- você não vai descansar? - ouvi uma voz e levantei meu olhar e vi que o Rei estava acordado e me encarando - bom como guarda eu preciso te proteger… - eu falei me levantando- eu estou bem! Você pode descansar um pouco… - ele me seguiu até a cozinha, onde eu olhava os armários procurando algo que pudéssemos comer- não precisa bancar o bonzinho, porque sabemos que você não é… - eu acabei soltando não sei se era o cansado, mas nesse momento eu me dei conta do que eu falei e me virei para olhar para ele que parecia se divertir com tudo aquilo- você não precisa bancar a durona sabia!? - ele respondeu mexendo nos armários e pegando uma cesta de frutas- então você sabe quem eu sou?!? - eu perguntei cruzando os braços na frente do corpo- claro que sei, eu não poderia esquecer esse jeito deu turrão aí! - ele jogou uma maçã na minha direção - só quero ver quanto tempo você aguenta tudo isso - engraçado que se bem me lembro ontem você me pediu ajuda não é?!? - pedi e não tenho problema

- meu Deus já escureceu!Eu olhei para a janela cambaleando um pouco, eu ainda segurava a camiseta cheia de sangue do rei, droga meu corpo estava extremamente cansado, depois daquela luta e de ter passado a noite acordada eu pagava o preço agora, sentei na cama e coloquei a cabeça entre as mãos, eu estava cansada demais para tentar qualquer coisaEu fui até o banheiro e me lavei o melhor que eu pode, voltei ao quarto e me joguei na cama foi quando senti um vento entrando no quarto, eu não conseguia me mover, pois meu corpo estava muito fadigado, foi quando senti uma pressão na minha cama, abri meus olhos e me deparei com dois olhos claros me encarando, era o rei ele estava em cima de mim, eu mal conseguia respirar foi quando ele se aproximou do meu ouvido e sussurrou- você parecia tão tranquila dormindo que eu não resisti- resistiu ao que vossa majestade, se alguém nos ver… - respondi tentando me afastar- eles vão pensar o que eu mandar! - ele estava com a cabeça no meu pescoço, eu

Saí pelo castelo com um único objetivo, encontrar um dos aliados do rei dentro de uma taverna, não era algo dificil de ser feito, mas pensando nos últimos dias e com tudo que anda acontecendo a cautela pode ser a minha maior aliada nesse momento. Entrei na taverna e o cheiro de algo e sexo estava no ar, eu nunca havia entrado em um lugar como aquele, era uma mistura de ratos, com bebidas e gente se atracando pelos cantos, fiquei admirada de ver tudo aquilo, mas eu tinha que me concentrar e cumprir logo com tudo aquilo, olhei em volta e procurei ao redor alguém que não se encaixasse nos padrões daquele lugar, para qualquer outro tipo de pessoa seria uma missão totalmente fracassada, já que seria como achar uma agulha no palheiro, mas para uma camponesa que conseguia indentificar pequenas coisas incomuns era fácil, me aproximei de um homem que apesar das roupas esfarrapadas, tinha o cabelo muito bem cuidado, apesar de muito bagunçado e de ter sujeira no corpo. - Esse não deve ser o seu

Durante alguns dias tive que fazer a entrega das cartas do Rei, em todas as ocasiões fazia o possível para tentar recrutar ajuda para libertar o meu pai. Olivier e Tio Alfred tentava o mesmo e buscavam informações de Timoty, ele sumiu e não sabíamos ainda o que tinha acontecido e porque ele fugiu para a França. Os dias se passavam e tudo parecida mais dificil, eu ainda não podia visitar o meu pai e tinha que ceder aos caprichos do Nicolas. Ele me usava como segurança em todos os passeios que ele fazia, desde os passeios com as suas amantes até os que ele fazia com os seus aliados. Por mais que ele disesse que não era como o pai, não conseguia ver diferença na relação entre eles quando se tratava de mulheres, a cada dia ele se encontrava com uma nova e fazia promessas até conseguir o que ele queria, era cruel o que ele fazia e a maneira com que ele deixava as moças era pior ainda. Eu não falava nada e fazia meu trabalho quieta e tentava me manter distante, para ele eu era apenas uma f

Recebi uma carta de Olivier que pedia que eu fosse até sua casa, como era um dia que o Rei Nick estava caçando e não precisava dos meus serviços, enviei apenas uma mensagem e sai para encontrar com os demais.No caminho eu pensava nas ultimas informações e acontecimentos dentro do palácio, eu não entendia o motivava aquelas pessoas, além de sexo, luxúrio e a possibilidade de algumas recompensar, pensei no Timy e o que ele deve ter passado lá dentro e se isso de alguma forma o corrompeu. Ao chegar na casa de Olivier, percebi que lá haviam rostos conhecidos, mas muitos desconhecidos também, fui questionada sobre as atividades do Rei e da corte que o cercava. Contei parte das minhas recentes descobertas, senti que ali talvez houvesse pessoas que não eram de confiança. Apenas Tio Alfred e Olivier sabiam quem eu era.Houveram discussões e desconfianças sobre as informações e principalmente sobre a minha lealdade.- Como ousam? Algum de vocês por acaso está lá? Sendo humilhado por aquelas p

Dentro do palácio, eu me sentia observada! Era como se cada uma das pinturas que ficavam expostas nos corredores luxuosos me olhassem, eu me sentia derrota, não conseguia imaginar o fiasco que tudo aquilo era! Um show de horrores, os conspiradores estavam por todos os lados e eu não tinha idéia se Nick sabia o quando sua vida corria perigo, tinha medo de contar os horrores que descobri e acabar piorando mais a situação para o meu pai, por mais que tentasse ganhar a confiança dele ele não dava o braço a torcer e colocava a prova sempre que podia a minha lealdade. Ao chegar a porta do meu pequeno quarto na ala de empregados, tudo estava revirado e o Rei estava com a carta de Olivier em mãos, eu olhei em volta e não sabia o que esperar - Onde você estava? Conspirando contra mim - Ele veio em minha direção, me empurrando para a parede - Onde diabos você estava?!?!? Já não foi o suficiente seu pai e seu irmão traírem a minha confiança? Você também vai fazer o mesmo? - ele gritava - Meu s

Segui aquele estranho até o centro da cidade, ele entrou em uma casa. Olhei em volta, buscando alguma maneira de entrar, foi quando ouvi passos e desmaiei após ser atingida. Voltei a consciência e me sentindo com naúsea, lembrei do que tinha acontecido e abri meus olhos. Eu estava presa eu uma cadeira e minhas roupas estavam sujas, podia sentir o sangue escorrendo pela minha cabeça. - Olha o que eu achei... Timoty Lewis, já faz o que?.. 5 meses que você não aparece aqui? - Um homem encapuzado estava na minha frente, eu tentei olhar para ele e ele me deu um soco na barriga, perdi o ar - Seu desgraçado! Como você tem a audácia de aparecer aqui? - Ele me deu outro soco, agora no rosto Eu estava sem ar, sentia tanta dor que me senti tonta e pensei que iria desmaiar de novo, tossi e da minha boca escorria sangue que sujou a minha calça, eu não conseguia manter minha cabeça erguida - Olhe para mim! Seu rato imundo - Ele puxou meus cabelos, me forçando a encará-lo - Que diabos você faz aq

Ao chegar no Palácio Terry se força a andar até o seu quarto com a ajuda de bengalas, porém acaba caindo na entrada, alguns guardas reais correram ao seu resgate sem entender o que havia acontecido com ela- Deus o que aconteceu com você, Timy - Um dos guardas- Acabei sendo pego em uma emboscada, eu estou bem só preciso descansar - Era mentira, Terry sentia seu corpo todo doer, a cada passo que dava era como se seu corpo se rasgasse e seus ossos quebrasses, mas se lembrara do recado de Pierre - Descansar, você precisa de um médico companheiro. Nunca vi alguém tão machucado assim- Não se preocupem, só me ajude a chegar ao meu quarto - Eu não suportava mais falar, só queria descansar- Olha para você... não sei se você vai passar dessa noite...- dizia o outro guardaTerry suspirou e sabia que sua situação era péssima, mas de fato ali era o unico lugar "seguro", eu só teria que me preocupar ali com os membros da corte, que também me causavam um certo medo, eu dormia geralmente com as

Eu dormi por algumas horas, meu corpo doía, não sabia quanto tempo tinha se passado desde que cheguei, eu sentia calafrios pelo corpo todo. Eu estava sozinha e com medo, sabia que teria que passar por tudo aquilo sozinha. Com dificuldade fui até o banheiro e tirei toda aquela roupa suja, abri a toneira e com uma tolha limpei os ultimos vestigios de sangue... Não conseguia me manter em pé, então me sentei na privada e comecei aquele lento e doloroso processo, era um dor suportável de aguentar, mas eu tinha certeza que era por conta dos remédios que Pierre tinha me dado, assim que terminei, peguei roupas limpas e voltei para a cama.Eu gemia de dor e via pequenos vultos pelo quarto, eu sabia que estava delirando... via a imagem de meu pai pedindo por ajuda... tinha pesadelos terríveis, não conseguia distinguir mais o que era real ou não... fiquei esperando pela ajuda que o rei disse que iria mandar, mas ela nunca chegou- Talvez fosse melhor... Eles poderiam descobrir alguma coisa - su

Após alguns dias em repouso eu já estava melhor e podia caminhar, sentia febre em algumas noite e seguindo a recomendação de Pierre, caminhava no jardim para abaixar um pouco. Em uma dessas caminhadas, resolvi sentar no jardim, olhava em volta e aquele lugar a noite era mágico... Era tranquilo e silêncioso, acho que era a unica parte do palácio mais tranquila.Ouvi passos e me assustei quando vi Nick ao meu lado, ele sorriu e se sentou ao meu lado.- Você anda muito desatenta ultimamente - ele me olhava sorrindo- Estava pensando em algumas coisas, vou prestar mais atenção - ia me levantar, quando ele me puxou novamente para sentar no banco - Não vá Eu olhei para ele, que me encarava- Como você se sente? - Melhor... - eu olhava em volta - O que aconteceu? - ele me pergumtou - Porque você se arrisca tanto? E pior ainda não me conta a verdade?Eu sorri- Olha me desculpe, mas seu um dos seus guardas não é a profissão mais segura do mundo Nos dois rimos um pouco e ele me olhou nova