— Amor, você pode ir buscar um café para mim? - Ivy pediu como desculpa, ele assentiu e saiu as deixando a sós. Ivy levantou-se e caminhou até ela a encurralando contra a parede. — Você me conhece? — Não mas conheço o seu noivo, quer dizer, ele é filho de uns dos juízes mais importantes do país e…— E um dos empresários mais cobiçados, certo? - Ela a interrompeu, a sua feição era séria e de desgosto, a mulher a encarava apreensiva.— Sim e…— Ele vai se casar e sabe com quem? Comigo! Sabe o que mais me irrita em você? O seu atrevimento. Você está dando encima do meu noivo bem na minha frente e sem vergonha nenhuma. O quê? Você quer ser amante dele? - Ivy questionou num tom frio.— Não senhora, eu…— Fique sabendo que o meu noivo não tem casos com vadias como você, então coloque-se no seu lugar e não me teste porque você vai se arrepender! - Ivy advertiu e voltou para a sua cadeira, minutos depois Ander regressa.— Aqui. - Ele a entregou o café, ela pegou no copo, abriu a tampa e jogo

Ivy flashback on:Ivy já tinha quinze anos, durante toda a sua infância a única coisa que ela fazia era treinar, treinar e só treinar, Caetana para além de exigir muito dela nos seus estudos também exigia no treino. Ela queria que Ivy se tornasse uma mulher forte e inteligente o suficiente para conseguir sobreviver sozinha. Ela estava amarrada em uma cadeira, e a sua mãe estava na sua frente testando mais uma vez a sua agilidade e capacidade de pensar rápido. Aquele era mais um dos treinos de estratégias de fugas que ela a ensinara.— O que você deve fazer quando estiver em perigo e amarrada? - Caetana a questionou. — Identificar o local e possíveis formas de fuga. - Ivy respondeu.— E depois disso? - Caetana questionou colocando as luvas de boxe.— Descobrir o ponto fraco psicológico do adversário e depois provocá-lo para ganhar tempo até me soltar. - Ivy respondeu convicta.— Isso é muito arriscado porque ele pode perder a paciência e te matar, então o que você vai fazer?— Arrisca

— Não! Alguém quis me matar e pressumo que seja por causa do meu noivado com o Ander. - Ivy respondeu simplista se ajeitando na cama.— E você acha que foi a Camila? - Caetana questionou.— Não! - Ivy respondeu suspirando. — Seria evidente demais.— Então, quem pode ter sido? - A mãe questionou e ela ficou pensativa por alguns instantes até uma lembrança reaparecer.— Mamãe, aquele dia que você falou que eu procure o Ander, você por acaso contratou alguém para me atacar no estacionamento do prédio? - Ivy questionou você desconfiada.— Não, eu não contratei ninguém. Porque? - Caetana questionou confusa.— No dia em que o Ander confessou que estava apaixonado por mim, alguém me atacou no estacionamento e eu achei que tivesse sido você quem planejou aquilo. Mas se não foi você então….— Alguém está te vigiando. - Caetana completou. — A pessoa que te atacou não disse nada?— Ele disse “Isso foi só um aviso Ivy Salvaterra, tenha cuidado porque eu estarei vigiando você. ”— Você disse que o

E assim eles passaram o resto da noite, Ander mimando Ivy e Camila sentido raiva por estar dividindo o mesmo teto que ela. No dia seguinte, Caetana foi visitar a sua filha e Marcos a convidou para se juntar a eles no café da manhã, Camila preferiu comer sozinha no seu quarto do que juntar-se a eles. Eles não se importaram e comeram juntos como se fossem uma família e isso enfurecia Camila. Ivy ficou em casa descansado, Ander quis ficar com ela mas ele tinha que resolver os seus pendentes na empresa, ele saiu e deixou Ivy sozinha em casa. Aproveitando a ausência de todos e que era a hora do almoço dos empregados, Ivy olhou ao redor da casa procurando alguma câmera, não havendo ela foi até a escritório e vasculhou as gavetas, pastas e arquivos procurando alguma informação útil sobre a empresa The Angele’s que ela pudesse usar. Ela encontrou uma pasta com informações sobre a produção de vinho e isso deu-lhe uma ideia. Ela organizou tudo e saiu do escritório tendo cuidado para não ser vis

Quando Ivy chegara a casa, ela preparou o jantar, arrumou a mesa e sentou-se na sala esperando a sua “família” chegar enquanto lia um livro qualquer. Marcos foi o primeiro a chegar.— O que você está lendo? - Marcos questionou se aproximando.— A mulher do meu marido, você já leu? - Ivy questionou fechando o livro.— Sim, Carla, a menina de nove anos que conhece o puder de um segredo. É muito interessante. - Marcos sentou-se ao seu lado.— Você não quer comer? - Ivy questionou fingindo simpatia.— Não, eu vou esperar todos chegarem. Enquanto isso eu gostaria de conversar com você. Você e o Ander se apaixonaram muito rápido. - Marcos comentou sugestivo.— Alguns amores são assim, acho que é por isso que são chamados de amor à primeira vista.— Quando olhamos para os olhos de uma pessoa pela primeira vez e naquele mesmo instante sentimos que é ela a nossa alma gêmea. - Marcos acrescentou.— Você parece saber o que é isso, também foi assim quando você conheceu a Camila? - Ivy questionou

Depois de terminar o jantar, os casais foram até aos seus quartos, Marcos ainda estava incrédulo com a resposta da Camila. Ele a conhecia o suficiente para saber que ela estava planejando alguma coisa e ele descobriria. Camila entrou no seu quarto, foi até ao banheiro tomar banho enquanto Marcos colocava o seu pijama.— Você não está planejando nada contra esse casamento, pois não? - Marcos questionou assim que Camila saiu do banheiro.— Não e tal como eu disse antes, eu só estou fazendo isso pelo meu filho. - Camila falou enxugando o seu cabelo.— Eu te conheço, querida e sei quando você está planejando alguma coisa. - Ele aproximou-se dela e segurou a sua cintura. Você não aceitaria ser a madrinha de um matrimônio que você é contra sem ter algo em mente, estou errado? - Ele questionou espalhando beijos pelo seu pescoço e ela sorriu manhosa.— Você realmente me conhece. - Ela virou-se e repousou os seus braços no pescoço dele. — Qualquer mãe é capaz de fazer qualquer coisa pelo seu f

Ander estava se sentindo pressionado com as exigências do conselho, a sua empresa estava desabando e ele não sabia o que fazer. A única coisa que ele queria naquele momento era que Ivy estivesse ali, ao seu lado. A reunião estava sendo uma desgraça, os sócios estavam preocupados com as suas ações que estavam sendo afetadas, o pior que poderia acontecer era que os seus clientes descobrissem.— Essa informação é de restrita confidência! Ninguém, absolutamente ninguém deve saber disso. Ficou claro? - Ander indagou.— Sim, Ander. Mas e quanto as nossas ações? Vocês não têm a certeza que vão conseguir remediar a situação e nós investimos muito nesta empresa. - Um dos sócios falou sendo apoiado pelos outros.— Nós vamos dar um jeito de conseguir cumprir os prazos a tempo. Sim, a perda foi muito grande mas ainda temos algumas uvas no vinhedo, o que temos que fazer é acelerar o amadurecimento. - Ander sugeriu.— Os tanques de vinho que sobraram vão dar para cobrir pelo menos quarenta por cent

Ander falou e Ivy nada disse apenas continuou a fazer cafuné na sua cabeça, minutos depois ele adormeceu. Ivy tirou a sua cabeça do seu colo e colocou uma almoçada tomando cuidado para não o acordar. Ela pegou no seu celular e digitou uma mensagem, segundos depois o seu celular toca, ela vai até a varanda e atende tendo cuidado para que Ander não a escutasse.— Mamãe…— Onde você está? - Caetana questionou.— No apartamento do Ander, a empresa está tendo problemas e ele precisa de mim. O que houve? - Ivy questionou fitando Ander.— O investigador encontrou aquele homem, ele está indo para o Texas. - Caetana avisou.— Tudo bem, me mantenha informada.Enquanto ela fazia companhia a Ander, a Camila estava na empresa revisando alguns papéis quando ouve duas batidas na porta.— Entre! - Ela autorizou.— Senhora Angeles, tem uma mulher querendo vê-la. O nome dela é…— Annie Monteiro! - A mulher falou interrompendo-a e adentrou na sala.— Quem é você? - Camila questionou com desdém olhando-a

Ander chegou à casa, subiu até ao seu quarto e ao abrir a porta assustou-se ao ver Ivy acordada. — Eu achei que você já estivesse dormindo. - Ander aproximou-se da cama.— Onde você estava? - Ivy questionou arqueando uma sobrancelha.— Eu fui falar com uma pessoa que quer investir na empresa e se tudo der certo eu vou conseguir resolver tudo. - Ander falou animado.— E por isso você saiu sem avisar? Me diga, com quem você foi se encontrar?— Eu fui falar com uma amiga que soube do problema da empresa e ela quer tornar-se sócia para me ajudar a salvar a empresa. - Ander deitou-se ao seu lado e começou a espalhar beijos pelo seu pescoço. — Você está duvidando de mim?— Eu devia? - Ivy o encarou.— Nunca! - Ander atacou os seus lábios, Ivy o afastou.— Vamos dormir? - Ivy sugeriu, Ander assentiu.No dia seguinte, Ander acordou mais cedo e foi até a empresa, ele estava com o advogado da empresa esperando Annie chegar. Minutos depois um advogado apareceu e eles foram até a sala de reuniõ

Na hora do almoço Ivy recebeu uma mensagem de um número desconhecido pedindo para que se encontrassem no restaurante que ficava a um quarteirão da sua empresa. Ivy foi até ao lugar marcado, ao chegar lá um garçom a levou para a mesa reservada, enquanto esperava ela mexia o seu celular, minutos depois a pessoa chegou. Ivy levantou o seu olhar até a pessoa a sua frente e a encarou sem expressão. Era um homem. Ele sentou-se e entregou-a um envelope, Ivy fitou o mesmo por alguns instantes mas logo depois pegou no mesmo, abriu e tirou de lá algumas fotos. Ela observou cada foto com indiferença. Eram fotos do Ander com uma mulher que supostamente ele já teve um caso. Ela jogou as fotos na mesa, cruzou os braços e suspirou pesado o encarando. Eles fitaram-se por cinco segundos e Ivy do nada riu-se. — Foi para isso que você me chamou? - Ela questionou ainda rindo. — Quem mandou você trazer isso? — Vá para esse hotel e você entenderá tudo! - O homem falou deixando um cartão com a localização