DEREK KERITHSão três da madrugada. Meu travesseiro está encharcado com suor, meu corpo tenso e tremendo depois de acordar do mesmo pesadelo que me assombra a noites. Eu sei que estou seguro na cama- isso é fato. Minha vida não está mais em risco, mas eu não consigo parar de pensar na cena que passou na minha cabeça em quanto dormia - os meses que eu ia para hospital para ficar com minha irmã, depois eu no cemitério com alguns vizinhos seguido pela noite de sábado no bar de Navar quando meu pai me vendeu para os traficantes, a cabeça do meu pai na caixa de presente, as vezes que fui amolestado, os tiroteios da polícia federal. Eu não consigo dormir, continuo alerta, atento a qualquer ruído. Joguei-me na cama de braços olhando para o teto, o quarto está escuro a janela aberta. Meu terceiro dia nessa casa mais aind
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