Mas volta e meia ele bate na minha porta querendo me dizer alguma coisa. E além dos bilhetes anônimo parece uma tortura. Mais complicado do que aqueles pesadelos que tenho as noites. Até quando vou suportar essa angústia? Preciso correr o risco, e fugir nem que seja a pé e seja lá o que Deus quiser. Amanhã mesmo vou sair dessa casa e resolver de uma vez por toda essa situação porque do jeito que está não dá pra ficar, e minha vida que está em jogo.Cansada de ser torturada Alice resolveu agir. Já que seu marido Alexandre não dava as respostas que ela precisava! Sentia que escondia algo muito grave, só não sabia o que? Se fosse uma forma dele preservar algo de muito ruim que ela não pudesse suportar, até um câncer maligno? Pensou que escondia dela, mas esperar por ele

E meu pai existe? Como será que eles vão me perdoar por eu ter deixado eles para trás? Estou vendo uma montanha na minha frente e não sei se devo subir até lá e descobrir se é lá que está minha vida enterrada! E quem sabe eu consiga finalmente descobrir minha verdadeira identidade perdida. Não parece o lugar que está em meus sonhos! O que está em meus sonhos é uma floresta! Então não lembro meu nome? Será que vou ter que subornar o recepcionista de um hotel para que ele não dê nenhuma informação a ninguém sobre mim. Sai de casa 8 horas da manhã, 4 horas andando a pé. Já era uma hora da tarde, cansada de andar sem direção sem saber que lugar estava, havia sinalização indicando algumas que mal eu sabia e que fim dava. Estava disposta a

Depois de uma longa jornada até que enfim estou vendo uma árvore grande com uns 25 metros de altura cheia de folhas e muitas pombas sobre o teto. Pombas essas que aparecem em meus sonhos na mesma árvore. Isso está me deixando muito nervosa, e com vontade de desistir de tudo e voltar atrás. E se for uma armadilha do destino? Que faz com que eu possa me arrepender amargamente de ter vindo até aqui, mas ai teria que me matar, covardia agora não? Aí seria demais. Eu mesma estou me dando uma bronca. Estou falando com meus botões, é claro, com quem vou falar se não tem ninguém comigo? Somente Deus. Estranho, esqueci-me de tudo nessa vida menos de Deus, porque será? Eis a questão! É um bom sinal! Falei em Deus é porque não sou tão mal assim. A mata é completamente fechada e tudo que está em meus sonhos. Meu medo é entrar nela. E agora! Meu Deus o que eu faço? Só de pensar, que vou ter de passar a (noite)

A governanta se chamava Judite e estava preocupada com sua patroa Alice. E só ela sabia dos segredos da família. Temia pela segurança dela, de algo grave que pudesse acontecer! Torcia que Alexandre não a encontrasse mais. Que tenha fugido para bem longe! Na verdade era um anjo da guarda de dona Alice e rezava todas as noites para recuperar a memória o quanto antes e saber da verdadeira história. Alexandre esbravejava de raiva socando o ar falava coisas que a governanta pouco podia ouvir. A única palavra que podia ouvir.     — Isso não podia ter acontecido se ela recuperar a memória que vai colocar por água abaixo meus planos. Dão um jeito de encontrá-lo, nem que seja no fim do mundo, não me venham sem notícias. Vamos o que estão esperando?   <

Seria um dos empregados que sabia da sua situação? Seria Judite a pessoa mais próxima dela? Mas como se parecia ser uma admiradora nata de Alexandre que vivia elogiando ele sempre como um bom marido? Ou era apenas um disfarce? E que Judite sabia de coisas muito mais do que poderia imaginar, mas como Alice não confiava em ninguém essa hora ficava difícil chegar a uma conclusão mais adequada e mais segura! Agora ela precisava dormir e descansar sobre a fogueira que ficava à beira do acampamento. Estava bem armada caso surgisse algum animal. E coragem não faltava para sua estranheza era como se ela sabia que um dia enfrentou esses tipos de situação como se já tivesse se criado naquela floresta que dominava bem aquele lugar. Não seria difícil passar uma noite naquele lugar. Que para ela não era estranho. O problema seria ter que suportar os mosquitos, mas sabia sair dessa como sempre soubera sair de muitas encrencas. Alice est

E muita coisa ia descobrir! Perdeu o medo? O seu rosto que estava coberto por um pano escuro da mentira estava caindo. E gradualmente sua memória estava reagindo ao entrar naquela casa estranha abandonada, ouviu estranhos ruídos de passagens de pessoas como se fosse vulto. Não tinha medo de fantasma! Estava com seus pés no chão, e não se assustava por qualquer coisa. Ouvia gritos de crianças presas em algum lugar. E sabia que naquela casa abandonada alguma coisa aconteceu, mas o que? Perguntava- se ela. De repente as imagens de duas meninas de cabelos loiros e olhos azuis balançando numa praça, ali mesmo ela estava vendo.Queria poder abraçar e tocar, mas era apenas imagens. E ficou no vácuo aquelas estranhas visões e temia em pensar no pior. E se elas estivessem mortas por alguma razão e por quê? Havia uma

— A senhora se chamava Janete e aparentava ter 60 anos, já com cabelos brancos e com marcas de sofrimento. Ficou olhando para Alice sem saber o que dizer. Balançou a cabeça com ar de admiração e alegria ao descobrir que sua filha estava viva, e não morta como soubera por notícias em jornais. Se bem que sempre soube que sua filha estava viva em algum lugar. E sentiu sua filha sendo sincera e que estava desesperada precisando de ajuda, e muita coisa precisava saber, restava saber se estava preparada para ouvir toda história da sua vida. Judite sentiu seu coração bater forte torcendo para sua patroa que estivesse bem e chegasse onde queria. Havia muitas vidas em jogo e em perigo. Alexandre era um homem poderoso, e perigoso que não media esforços para tirar seus inimigos do seu caminho, e se soubesse que sua esposa Alice lembrou de tudo corr

— Então minha filha, se você chegou até aqui, é porque vai encontrar as respostas! Você queria alguém que pudesse te ajudar a encontrar as respostas certas? Vou te ajudar! Acredite em mim!    — Prove-me que realmente é minha mãe?    — Aquele canalha fez mesmo uma lavagem cerebral em você a ponto de esquecer-se da sua própria mãe e quem sabe até das suas duas lindas filhas!     — Filhas? — Alice ficou pálida que teve que se segurar. Aquela palavra suou como uma bomba em seus ouvidos.    — Sim, você deixou para trás duas lindas filhas. São duas irmãs gêmeas. Uma se chama Ana Clara e a outra Ana Luíza. Elas são lindas loirinhas de olhos azuis puxaram por voc&ecir

— Meu Deus mãe! Então o fato de eu sonhar com esse lugar é um verdadeiro milagre?    — Sim, minha filha. Eu pensei que nunca mais ia-te ver viva. Na verdade, pensei que você estava morta, porque deu no jornal que você estava desaparecida. Você vai ver todas as notícias que gravei, vou te mostrar todas as manchetes de que você havia desaparecida misteriosamente e até acusada de cúmplice de crimes, pelos seus colegas, eu diria falsos amigos. Eu sei que vai doer muito quando souber de toda a verdade, mas é preciso saber, doa a quem doer! Só assim poderá recuperar tudo o que perdeu, até suas filhas!    — Como assim minhas filhas?    — O que aquele canalha fez com que você perdesse suas filhas e a guarda delas para o Edu? E acusa você de ser infiel.

— Que história é essa mãe me conta isso direitinho como tudo aconteceu, as coisas começam a fazer sentido! Quer dizer que aquele suposto Vanderlei, na verdade era ele? E se passando por Edu um salvador da pátria! É isso?     — Não sei o que ele te falou, mas foi mais ou menos isso!     — Na verdade, sempre suspeitei que o Alexandre escondesse algo de muito sinistro, embora eu tivesse perdido a memória, mas havia um instinto que me alertava do perigo, os bilhetes que eu recebia, deveriam ser de alguém que trabalha lá em casa. E deve saber quem ele é! Só não sei quem pode ser. Suspeitava que houvesse algum espião do Vanderlei que, na verdade, nunca existiu! Uma dúvida que paira na minha mente. É um que dizia que a minha vida de princesa ia a