— Volto em instantes com a resposta para vocês. — Sorrio passando a mão na barriga e pisco para Samuel.  Izac deixa visível em seu rosto que não gostou da ideia, mas posso jurar que vi um pequeno sorriso dançar nos lábios de Bennett. Talvez ele tenha cansado de ser um completo carrasco com o próprio filho.  — Estou tão ansiosa — ela diz animada.  — Não quero decepcioná-la, mas eu tenho certeza que não estou grávida — falo subindo as escadas com ela.  — Se não estiver trate de ficar. — Ela sorri com seus brilhantes.  — Não é tão simples — resmungo.  — É sim, vou ter que ensinar os dois como se faz um filho? — ela pergunta seria e convicta.  — Não. — Arregalo os olhos assustada.  — Ótimo. — Ela volta a sorrir como se nada tivesse acontecido.  Às vezes ela consegue me assustar, suspiro ao chegar em frente a grande porta. Nem mesmo prestei a atenção no caminho com aquela

Samuel Não gosto da ideia de ficar no mesmo ambiente que meu pai e irmão sem a presença de Katy ou pelo menos da minha mãe. Tenho certeza que isso não dará certo, mas aqui estamos nós olhando um para cara um do outro sem ter o que dizer. Suspiro pesadamente mexendo o garfo no prato enquanto espero Katy voltar. Quando minha mãe enfia algo na cabeça é difícil de tirar, acabo ficando inquieto com aquele pensamento.  Não gosto da ideia de ser pai, quando cogitei essa possibilidade todos os pelos do meu corpo se eriçaram, mas não quis passar essa imagem contraria para Katy. Ela também parece não gostar da ideia, porém na minha opinião ficaria feliz se isso realmente acontecer. Não que eu não queria ser pai, quero um dia, mas no momento não me sinto preparado para isso.&n

— Não precisa me lembrar dos meus erros, revivo aquela noite todos os dias da minha vida. — Você poderia ter ido atrás de mim. — Acabo elevando minha voz enquanto acerto um soco sobre a mesa de vidro fazendo os pratos balançarem. — Eu fui Samuel. — Ele se altera, mas logo se acalma. — Eu fui. — Pare de mentir. — Rio com ironia. — Apenas eu sei o que passei todos aqueles anos, sem dinheiro, quase passando fome, às vezes minha mãe depositava um dinheiro em minha conta, mas na maior parte do tempo me recusava a aceitar sabendo que esse dinheiro era seu — cuspo as palavras irritado. — Eu não estou pedindo que me perdoe pelas coisas que fiz, estou pedindo que recomece uma nova vida sem esse sentimento de ódio que te consome todos os dias. Assim poderei seguir em frente sem a culpa que me consome diariamen

Estou envergonhada pelo que aconteceu a pouco, mas como sempre Samuel me acalma e demonstra todo o seu amor e atenção, me deixando mais confortável diante de toda a constrangedora situação. Não consegui encarar os pais de Samuel depois do ocorrido, mas confesso que estou agradecida por não surgir nenhuma pergunta da parte deles. Eles devem me achar uma completa maluca, mas infelizmente não consigo ter o controle do meu próprio corpo quando o assunto se trata dos meus traumas e medos. Nesse momento estou parada no gramado da casa de Samuel enquanto sinto suas mãos quentes acariciar meu rosto e seus lindos olhos analisar com carinho e preocupação minhas feições tentando ler meus pensamentos. O que faz meu coração acelerar e se encher de alegria. Não duvido que ele me ame, pois ele prova isso diariamente com suas açõ

Acordo em um sobressalto sentindo minha cabeça girar. Solto um gemido baixo levando a mão até a testa a fim de amenizar a dor pulsante em minha cabeça e ao me acostumar com a luz ambiente sento na cama vendo Airon me observar.Minha garganta seca raspa e minha língua cola no céu da boca causando uma estranha sensação de sufocamento.—Água por favor. —Peço e ele abre a garrafa me entregando.Tomo quase tudo sentindo o alivio imediato me tomar.—Obrigada! —Agradeço.Jack e Willian entram no quarto e sorrio ao vê-los.— Como Sam está? — pergunto curiosa.— Está melhor. — Jack se limita em dizer.— Posso vê-lo agora?— Sim, você já pode vê-lo e eu não sabia que você tinha proximidade com o pai de Samuel — Airon diz surpreso.Ler mais