No deserto de Maopus Tiomaa, os dias são difíceis, o clima não ajuda, além do calor em excesso ocorrem constantes tempestades de areia, o silêncio do lugar é perturbador e a alimentação é escassa, mãe e filhote firmaram residência em uma caverna abandonada na região central do Deserto, e uma vez por mês Alley seguia para o local a fim de levar alimentos e notícias, nos trinta meses passados Karbeth apareceu em quatro oportunidades, estes reencontros foram emocionantes, mas algo estava errado, nos últimos seis meses nem Alley, nem Karbeth e nem ninguém apareceu.Amydelle estava preocupada, a comida chegara ao fim, no calor do deserto havia poucas presas, e ela tinha receio de deixar Ryuaka para caçar em locais mais distantes, ao mesmo tempo não podia correr o risco de levá-lo junto e ele ser visto por alguém. Tinha esperança de que em

Como uma flecha, três horas e meia de voo depois, eles chegam ao ponto de encontro com Alley, este chega logo em seguida e pousa sobre a imensa rocha._Vamos Alley, iremos buscar o pequeno draco no deserto. - Gorack está com pressa, sabe que neste momento as coisas devem estar literalmente pegando fogo ao sul._Claro mestre, vamos! – Submisso, Alley bate as asas e segue voando em direção ao deserto; _Vou lhe mostrar o caminho.            Gorack montado em seu pequeno draco o segue, deserto adentro.Em Tomii o exército de Gorack se aproxima como um enxame de abelhas escurecendo o céu que estava limpo cheio de estrelas recebendo a luz de Saddamis, quando chegam a uns quatro quilômetros de distância da primeira vila ao sul de Tommi, eles aterrissam um a um e ordenadamente vão destruindo tudo que encontram pela frente, sem propósito algu

Em Tomii a paisagem é de desolação, vilas inteiras destruídas, restos de corpos por todo lado, alguns carbonizados e muitos mutilados, o cheiro de podridão já toma conta dos ares na Vila de Merph, Rulla desolado observa os cadáveres em sua volta, nunca vira tanta devastação por nada, ninguém ainda sabia o motivo da matança, em sua cabeça nada poderia justificar tal brutalidade, afinal, ele como criatura que caça seus alimentos, usa de um instinto selvagem por necessidade, para se alimentar, mas ali, não foi por sobrevivência, foi apenas matar por matar. Ao longe Rulla escuta um ruído que o tira de seus pensamentos, de imediato não consegue discernir do que se trata, seria um animal? Ou um humano? Talvez sua imaginação. De repente um estrondo forte por trás dele, a terra treme, é Kubhaa que surge desajeitado com os olhos arregalados e excla

Edafir parece estar mergulhada em uma melancólica onda de dor, no semblante os populares amargam a tristeza e carregam o medo no olhar, a incerteza de tudo que estava acontecendo doía como uma lança no peito de cada um deles. Karbeth retornara com os dracos, trazendo a carcaça da dracena e pediu ao Ancião que os humanos participassem da cerimônia de funeral que seria digna de uma princesa, assim como era a dracena. Naquela noite, as margens do rio Lágrimas de Cristal, Allatês ajudou Karbeth a posicionar o que restara da dracena em uma armação de madeira com flores diversas adornando em volta dela, os dracos ficaram no entorno fazendo uma corrente de solidariedade á Karbeth e Handock, e atrás estavam os humanos, extasiados com a cena, para eles, era impossível um humano vencer um draco, portanto jamais passara pela cabeça deles que um dia iriam assistir a um funeral nestas condiç&ot

Os tempos são difíceis no reino de Maddems, passado quinze dias do ataque em Tomii o medo ainda está em todo o lugar, acompanha cada criatura viva como uma sombra, qualquer estampido, grito, urro ou tremor causa calafrios até que se entenda o que está ocorrendo. Aos poucos o céu está se acinzentando, a estação das flores parece não existir mais, vai surgindo gradualmente uma brisa gélida, é como se uma ponte invisível e misteriosa ligasse diretamente o inverno e o outono, mantendo a natureza triste e escura, causando mais depressão á todos, chuvas moderadas e tempestades vão assolando quase todos os continentes. Após o retorno dos dracos mensageiros, Karbeth ficou ainda mais inconformado pela falta de informações do que podia ter ocorrido. Em um instante tomou uma decisão, chamou Handock.        &n

Durante o término do desjejum e a caminhada até a Casa Grande, Illamis conta o que tem acontecido a Oberan, este fica estupefato com as informações e segue calado, só ouvindo. Em frente ao local de encontro estão Cartlhan e Rufos agitados em um diálogo. Ao se aproximarem, o casal cumprimenta os amigos e juntos todos entram na Casa Grande. Após todos se acomodarem e Allatês explicar os fatos, um silêncio toma conta do ambiente, pensamentos e preocupações assolam os amigos, até que o ancião retoma a palavra.            _Muito bem senhores; - Ele costumeiramente coloca as mãos para traz e começa a andar em volta da mesa; _Juntando todos os fatos, o ataque até o momento sem motivos, a morte da Dracena, o desaparecimento de Ryuaka, a viagem por explicações de Karbeth e agora essa presença m

Á nordeste de Maddems cruzando as últimas planícies do deserto de Maopus Tioma, próximo à divisa montanhosa de Palenog, vinha Karbeth, em sua mente passava um filme acelerado com as lembranças que tinha, desde quando saltou do divino para a vida terrestre, tudo o que vivera, amores e tristezas, alegrias e agora a raiva, o ódio, seu coração estava acelerado era um conjunto de sentimentos que por fim levam-lhe a oportunidade de apreciar uma paisagem maravilhosa, planícies verde com lindos lagos recheados de aves, nem mesmo o clima cinza do mal podia estragar tal beleza, mas isso aconteceria caso nada fosse feito. Um pouco antes de chegar neste local, neste lindo e doloroso voo, o mestre dos dracos passara por várias vilas de Maddems, compartilhara o que sabia com todos os humanos, e os preparou para o pior, ao mesmo tempo em que prometera a todos que ele daria sua própria vida para trazer paz ao reino.

Como um cometa Karbeth rasga o céu de Edafir seguindo para Zamorra, deixa um rastro de fumaça saindo de suas narinas, seus olhos fixos no horizonte estão vermelhos como o sangue que quer derramar daquele que lhe desafiou, que destruiu sua família e ameaça todo o reino por vingança de algo que as pessoas não tem culpa, assolando muitos para satisfazer sua própria e única necessidade de vingar sua família, o mestre dos dracos precisa encontrar Allatês para juntos definirem o rumo de suas ações e de suas próprias vidas, bem como a de todos os habitantes do reino de Maddems. O draco corta o céu em alta velocidade, tendo o ódio como seu combustível, ele rasga as nuvens negras sem dar conta que elas estão ali, próximo de Zamorra, entra por um espaço onde cai uma grande e forte tempestade e vai deixando um rastro de riscos de água lembrando uma c

Karbeth, o rei dos dracos se aproxima de Gerbraden cruzando uma forte tempestade que paira sobre Zamorra, Beleron, Shares e Tenish. Muita água e muito vento, por isso deixa para falar com os humanos em outra oportunidade e segue direto para sua caverna onde encontra Handock. O jovem fica feliz e agitado em ver o pai, quer saber das novidades;            _E então pai? Como foi? Quais as novidades?            Karbeth está exausto e sem vontade nenhuma de conversar, mas, se esforça, afinal ele precisa dividir tudo aquilo com alguém, caso contrário corre o risco de explodir;            _Filho! As noticias são piores do que eu esperava; - Ele para por um instante e respira fundo, em seguida continua; _O responsável é um mago poderoso que bu

O mestre mago de Telano desce para os porões de seu castelo, determinado e concentrado, havia tomado uma decisão, iniciaria os ataques ao qual se preparara por tantos anos. Deste momento em diante não haveria mais volta e o seu destino estava lançado bem como o destino de toda a Maddems. Ao terminar a longa descida pela escada espiral de pedras iluminada por tochas, chegou ao saguão do porão, um grande salão que apresentava alguma umidade escorrendo pelas paredes e pingando pelo teto, havia duas portas enormes de metal com gigantescos parafusos negros, uma dando acesso ao leste do castelo e outra dando acesso ao oeste, é nesta que se encontra Ryuaka. O mago aproximou a mão direita com longas unhas amareladas e antes que tocasse o mecanismo, apenas aproximando a mão espalmada a mesma começou a destravar a porta dando estalos nas trancas de aço, a porta foi destravada e passou a abrir com um ranger hor