ADA NASCEU EM UM VILAREJO perto de Bombaim e desde pequena sofria pelo fato de ser de uma casta inferior, chamados Dalits, também conhecido como shudras, ou popularmente intocáveis ou meramente impuros. Seu pai foi morto durante uma das inúmeras revoltas e sua mãe foi queimada junto a ele durante o funeral por ser considerada uma mulher amaldiçoada, tentaram acha-la, porém Ada fugiu de medo, conseguindo entrar ilegalmente em um navio a caminho da Inglaterra, onde foi descoberta e violentada por diversos marujos por dias. Ao pisar na Inglaterra, visivelmente machucada, conseguiu abrigo e aos poucos retomou a sua vida, conseguindo um emprego de empregada na casa do bilionário Joseph C. Rutherford. Ada sempre olhava para o patrão com um olhar de admiração, ela sabia que ele havia nascido na Índia, fora pobre, perdera seus pais ainda jov

— GRACE!!! GRACE!!! Emily A abraçou e viu que a filha estava bem e aquilo deu a ela um alivio imediato que ninguém no mundo além dela era capaz naquele momento. — Que diabos você estava fazendo com aquela maldita fumetinha. — Kim era minha amiga, mãe... foi horrível... eu...Emily respirou fundo para não fazer uma bobagem maior. — Ela está bem, Emily, para de drama. Emily reconheceria aquela voz em qualquer lugar do mundo entre milhões. — Que raios está fazendo aqui, Joe? — Seria bom agradecer o homem que salvou a nossa filha, não é mesmo? — Você o conhece, mãe? — Claro... ele é o seu pai...

JOE ESTAVA DORMINDO quando o seu telefone tocou, somente uma pessoa no mundo todo tinha aquele número de telefone. — Espero que seja realmente urgente para me ligar a essa hora. Joe ouviu atentamente, desligou o telefone, se trocou, ligou para seu motorista. — Christopher, vamos sair imediatamente. O MUNDO TODO PARECIA ter deixado recado para ele em sua empresa, mas Joe não estava para ninguém além da polícia e bombeiros indianos. — Não importa o preço, ache-os a qualquer custo. — Sabemos que o senhor acredita que eles estão com vida, mas... — Não existe, mas... se não o encontraram mortos, para mim continuam vivos. — Mas é uma área complicada, com conflitos entre tribos. — Então mande um exército, porra... Os

BENNY ABRIU LEVEMENTE os olhos, ainda estava muito escuro, havia um zumbido alto em sua cabeça que parecia que vinha de todas as direções possíveis, demorou alguns minutos até reconhecer Ada que tentava acordá-lo. — Pelos céus, ainda bem que está vivo, Benny.Ele abriu lentamente os olhos até se acostumar com o ambiente e com a sua própria dor de cabeça. — O que aconteceu?ela o abraçou novamente visivelmente parecendo estar aliviada com aquilo. — Nosso avião caiu. — Avião? Caiu? Ele olhou atentamente para ela e disse a última coisa que ela esperaria ouvir em uma situação como aquela: — Quem é você?

EMILY ESTAVA CONTRA A PAREDE, ter comprado a Rutherford Entrerprises tinha sido a maior burrada que tinha feito na vida, comprou as ações por mais de dois bilhões de dólares e a vendeu por meros cinquenta milhões. — Mãe, está tudo bem? Ela sorriu e fez sinal para que Grace fosse até ela. Emily sentia ódio e gratidão por Joe, sempre que ele fazia algo bom por ela lhe arrancava algo também, ela sabia que o lema de Joe era dar com uma mão e tirar com duas, mas parecia que ele simplesmente não ligava para o que viria a seguir, para ele tudo aquilo era sempre um jogo. — Agora está tudo bem, querida. Emily se lembrou de quando viu a filha no Brasil após a cirurgia e por mais que achasse Joe o maior filho-da-puta que já existiu sobre a face da Terra, ela tinha que admitir que fazer o que fez n&a

— COMO ASSIM NÃO ENCONTROU o corpo dos dois? — Simplesmente sumiram, senhora.Emily andava de um lado para o outro completamente nervosa com a situação, aquilo não era esperado, era para ser um crime perfeito. — Não me venha com essa que sumiram, seu imbecil, preciso deles mortos imediatamente. Emily bateu o telefone com raiva sem conseguir acreditar que não bastava o desgraçado do Joe ser o filho-da-puta mais sortudo do mundo, seu filho, um fedelho havia herdado aquilo tabém. Seu telefone toca: — O QUE É DESTA VEZ? De repente, ela sentiu que sua alma havia saído de seu corpo. Você deveria estar morto...

— COMO ASSIM quem sou eu? – perguntou Ada atônita com aquilo – Benny, sou eu, Ada. — Meu nome é Benny? — Para de brincadeiras, garoto, está começando a me assustar. De repente, eles ouviram passos e algumas pessoas passaram por eles apressadamente e não os notaram, ela fez sinal para que ele ficasse em silêncio. — Eles têm que estar por aqui. — No avião estão apenas o piloto e os dois seguranças, todos eles mortos. — Não podemos deixá-los escapar com vida, estão entendendo? Ada percebeu que ambos estavam correndo risco de vida. Foi então que um milagre aconteceu, um homem branco chegou perto deles e fez sinal que ficassem em silêncio e os acompanhasse. Ada percebeu que não tinha escolha além de acompanh&aacu

JOE ESTAVA EM SUA SALA analisando as últimas notícias que havia recebido da polícia, dos bombeiros e do exército, por sorte a Índia era um país que fora da Inglaterra por muitos anos e de certa forma ainda tinha certas correntes diplomáticas que facilitavam as coisas. — Já disse que a senhora não pode entrar. Joe olhou estranhamente para a porta quando viu Emily entrando. — Pode deixar, Marcelle, eu assumo daqui para frente. Ela assentiu e saiu. — Espero que seja importante, Emily, para vir até aqui, ainda mais em uma situação como esta, e, bem... depois de tudo o que fez com meu filho. Emily não estava acreditando que ele sabia de tudo. — Depois discutimos sobre isso, sente-se. Emily obedeceu. — O que a traz aqui? — Ele est&aacut

BENNY, ADA E BRIAN chegaram em uma aldeia, a mesma que Brian morava atualmente e vivian tranquilamente, Benny jamais voltou a ter qualquer memória de quem era e Ada acabou se casando com Brian e de certa forma eram muito felizes durante aqueles quatro anos em que viveram ali. — Até hoje não acredito na sorte em ter nos achado. Brian sorriu afetuosamente. — Eu é quem tive sorte de encontra-la depois de toda uma vida desgraçada, por ter perdido tudo na vida, coincidentemente o filho do homem que me destruiu está sob meu teto. — E não vai avisá-lo? — Só quando Benny assim o quiser. Ada se sentia bem ao lado de Brian, era um bom homem, atencioso e honesto, ajudava as pessoas em sua tribo, ajudado por Benny, que já era um pouco o líder da aldeia, ensinando as pessoas algumas matérias e inglês.<

BRIAN VENDO QUE SUA ESPOSA havia caído morta, correu e a abraçou. — Pelo que estou vendo há um verdadeiro inglês aqui, não é mesmo? — Não... sou tão indiano quanto você. — De cabelinho amarelo e olhos claros? O oficial o pegou pelo colarinho e o revistou achando seus documentos. — Brian Richmond... pelo jeito você é filho do maldito Richmond que nos explorou por tantos anos. Ele assentiu. — Ter nascido aqui na Índia não te faz um indiano, mas ter um sobrenome inglês, ser filho se ingleses e ter a cara de um inglês te faz um inimigo nosso. O oficial o colocou de joelhos. — Não podemos apagar as atrocidades que fizeram conosco, mas podemos retribuir. O oficial apontou a arma na cabeça de Brian e atirou.Ler mais