Trento— Diga logo as suas loucuras, Daisi. — Esfrego as mãos lentamente uma na outra, em expectativa do que ela irá dizer. Daisi me olha com um olhar sofredor, carregado de acusações. — Você sabe as condições em que eu vivi todos esses anos? — Pergunta. — Melhores do que eu planejei, visto como não mudou e nem se arrepende de nada. — Respondo ríspido. Eu achei que ela estivesse sofrendo e pagando pelos pecados, mas, pelo visto, não sofreu o suficiente. — Sabe o que me ajudou a aguentar e manter a minha sanidade? — A sua loucura, talvez? — Talvez você esteja certo, talvez eu realmente sou louca, mas, de qualquer forma, eu sempre tive uma carta na manga. — Do que você está falando? Fale de uma vez! O que você quis dizer quando disse que ela está viva? — Você parece bem interessado no que eu tenho à dizer... Eu deveria propor algumas exigências, não acha?— Daisi, eu
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