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Toque
11♡AO ENTRARMOS NA BIBLIOTECA, a senhora Lincoln mandou-me sentar na cadeira em frente a mesa enquanto ela ficou em pé do outro lado da mesa de frente para mim. Entrelacei as minhas mãos e as coloquei em meu colo. Senti um friozinho na barriga devido a ansiedade. Eu sabia que ela queria falar sobre o que estava acontecendo entre eu e seu filho.— A roupa ficou boa em você, apesar de estar um pouco folgada — Laura desse pacificamente.— Sim. Muito obrigada por ter me em
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Declaração
12♡DEPOIS QUE SAÍ DO QUARTO DE LIU, fui me deitar. Já era bastante tarde quando eu o deixei com seus pensamentos. No dia seguinte, acordei e, depois de me arrumar, fui direto para a cozinha. A manhã estava bastante gelada apesar da chuva ter cessado. Ela foi embora, mas deixou um frio congelante que as pontas dos meus dedos da mão estavam gelados. Enquanto caminhava, eu sorri ao me lembrar que era a namorada do Sr. Lincoln. Ao entrar na cozinha descobri que Liu estava em sua corrida matinal. Não imaginava que ele teria coragem de sair tão cedo com um frio que estava fazendo. Eu não teria essa coragem. Depois que ele voltou da sua corrida todo lindo e suado, os seus pais desceram para tomar café com ele à mesa
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Péssimo
13♡ESTAVA SENTADA NA POLTRONA mais uma vez esperando Liu. Não aguentava mais um dia ficar daquele jeito com ele. Liu nem ao menos respondeu a mensagem que eu mandei no final de semana, fiquei esperando como uma boba. Tinha que resolver aquilo com ele, principalmente porque a sua agenda essa semana estava bem cheia. Ele ia fazer alguns concertos em outros países e eu não poderia ficar mais um final de semana naquela situação. Minhas faculdades mentais não iriam aguentar. Quando percebi que ele entrou, me ajeitei na poltrona, alinhei minha saia ao meu corpo. Liu ao me ver, parou e me olhou como de costume, ele sempre fazia aquilo. Eu olhei para ele de cima para baixo e percebi que ele tinha ido caminhar de bermuda e camiseta, eu nunca o vi assim, ele sempre caminha de calça moletom e camisa. Quando voltei
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O Sol
14♡ QUANDO VOLTEI PARA DENTRO DA casa, escutei as notas do piano. De mansinho cheguei perto da sala de música e percebi que Liu estava tocando a trilha sonora do filme Up Altas Aventuras. Ao perceber isso, sorri. Por que será que ele está colocando justamente aquela? Sem fazer barulho, entrei e sentei na cadeira ao lado da mesa, fiquei escutando a melodia. Era tão bom estar ali na sala enquanto ele tocava. Esquecia de tudo lá fora, o que importava era apenas ele tocando o seu piano. Eu poderia passar dias e dias ouvindo tocar. Era tão incrível a agilidade dos dedos dele nas teclas. Liu ficava lindo tocando todo concentrado. Não tinha como eu não estar apaixonada por ele, não depois de vê-lo tocar. &nbs
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O encontro com M
15♡EU ESTAVA BASTANTE NERVOSA, queria que tudo acabasse o mais rápido possível. Sei que não era certo estar saindo com ele sem contar para o Liu, porém eu não poderia dizer a ele, não quando ele tinha um concerto para fazer. Isso iria deixá-lo estressado e ansioso, só iria atrapalhar tudo. Sorri ao lembrar como dessa vez foi diferente a nossa despedida. Ele me tomou em seus braços e me beijou sedutoramente, nem pareceu com Liu. Eu gosto dos beijos dele, tinha gosto de liberdade. — Oi, gata! Vamos? — Marcos chamou logo que parou de moto na frente de minha casa.Eu esperei do lado de fora de casa para que aquilo acabasse rápido. Amanda e nossa mãe ficaram de um jeito diferente quando eu falei que iria sair com ele. A minha irmã ficou me enchendo o saco, falando que se ele aprontar comigo nova
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23 de setembro
16♡FUI ACORDADA COM ELIAS PULANDO em cima da minha cama. Ótima maneira de ser acordada! Pensei irônica. Acordar com um garoto pulando em cima de você não é nada bom. No dia anterior quando eu cheguei do encontro com Marcos, Amanda veio para cima de mim com um monte de perguntas. Eu simplesmente disse a ela que Marcos e eu não tínhamos mais volta. E ao dizer isso, consegui ver um pouco de alívio no rosto dela. Fui à cozinha tomar café e encontrei minha mãe por lá. — Bom dia, mãe! Ler mais
Menina nobre
17♡ELE CONDUZIU A MINHA MÃO NAS teclas do piano, tentando me fazer tocar algumas notas. Para que isso acontecesse, nós tivemos que ficar com os corpos colados um no outro. O toque masculino e quente da mão dele interrompia qualquer pensamento coerente que eu tinha, isso me fazia gemer em frustração. — Vamos, você consegue! — Enquanto ele me incentivava, eu o encarava.— Não com você tão perto de mim. Não consigo pensar em outra coisa a não ser em seu corpo no meu. — Você quer que eu me afaste?— NÃO! — falei tão rápido e alto que me envergonhei. Percebi que ele ficou meio desorientado e isso me deu mais vergonha. — Me desculpa! Não se afaste! Eu gosto do seu corpo colado ao meu.Ele voltou a conduzir os meus dedos nas teclas, porém ele me surpreendeu quando começou bem devagar a fazer c
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Insegurança
18♡ FUI DESPERTADA COM O TOQUE DO meu celular. Ainda desorientada por causa do sono, procurei e achei debaixo do meu travesseiro. Olhei para o visor, vi o nome de Liu. Apesar de estar feliz por ele estar me ligando, achei estranho, pois nunca me ligou nesse horário. — Liu, o que aconteceu? — Perguntei logo que atendi. — Nada, por quê? — Você não é de ligar. — Minha mãe falou que te convidou para ir à igreja, estou te ligando para saber se você vai nos acompanhar hoje. Eu já tinha me esquecido. Tantas coisas acontecendo. — Vou, é que horas? — passei a mão no rosto para expulsar o sono.
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Mal entendido
19♡O DIA ESTAVA bastante ensolarado.Sentada no banco do jardim, vi Liu vindo até mim com graciosidade.— Oi, trouxe um pouco de água. O sol está muito quente, é preciso se hidratar! — Ele sentou-se ao meu lado com a garrafa cheia de água. — Que gentileza, obrigada! — De nada. Mas a ideia foi da minha mãe. — falou apontando para a garrafa. — Oh! — disse sumariamente. — Eu falei com meu amigo, Antônio. Lembra dele? Se lembro! Falei com ele ao celular. Achei um senhor muito simpático. — Eu lembro! — Falei com ele e o mesmo quer te conhecer. — disse olhando para os pássaros que voavam à nossa volta. — Tudo bem! — concordei e logo vi meu celular vibrando. — O que foi? — Perguntei assim que vi o n
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Não é uma doença, é uma condição neurológica
20♡SENTADA NA SALA DA BIBLIOTECA, bebi um pouco de água com a senhora Laura do outro lado da mesa me olhando atentamente. — Está mais calma? Pode me contar o que aconteceu? Faz tempo que eu presenciei uma cena daquela do meu filho, Alice. Me encolhi na cadeira me sentindo envergonhada e culpada. — Quando eu voltei para a sala de música ele já estava assim, aflito. — As lágrimas ameaçaram descerem. As lembranças voltaram e as sensações também. Comecei a descascar o esmalte da unha por puro nervosismo. — Ele começou a me chamar de mentirosa. — disse sussurrando. — Você mentiu? Eu adverti você sobre isso, falei que ele não suportava mentira, Você lembra? — Balancei discretamente a cabeça em sinal de afirmação. — Eu não menti — me apressei a dizer.
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