Eu não aguento vê-lo assim tão vulnerável, parece sofrer, ferido, sei lá. Alguma coisa o tormenta de verdade, quero tanto poder ajudá-lo, quero contar que também senti sua falta, que sinto saudades do cheiro dele pela casa, que ele é mais que um namorado, quero que ele se abra comigo, para que eu possa, por fim, saber que merda é essa que o perturba.— Eu não vou te abandonar Enzo, apenas estou trocando de trabalho.— Você está me abandonando sim, você está me deixando, está voltando tudo à tona, tudo de novo, quando todos me viram as costas, você fez igual meus pais quando me disseram para sair da casa deles, depois, depois que…  — Ele para de falar, não consigo mais vê-lo assim, meu Deus, a cena corta o meu coração, como pode ele se sentir tão excluído, o que será que fizeram c

Mal consigo dormir e quando, por fim, tento descansar, o dia já está amanhecendo. Enzo continua enroscado em mim, tento me solta dele, e acabo acordando-o.— Bom dia.  — Falo para ele, já que o acordei.— Bom dia amor.— Quer tomar café da manhã?— Sim, vou lá preparar alguma coisa para comermos.— Não amor, vou à Cafeteria aqui do lado e compro nosso café, pode deixar que você não vai a essa hora para a cozinha.— Você sabe que para mim não seria nenhum sacrifício.— Eu sei, mas vou comprar, quer ir comigo ou você me espera aqui?— Prefiro te esperar aqui, pois não tenho roupas aqui na sua casa, e você não vai gostar que eu vá desse jeito para rua né?  — Falo amostrando meu estado de nudez para ele.— Claro que

Conto sobre o e-mail para o Enzo e ele fica confuso.— Amor, eu não sei se estou feliz por você finalmente conhecer seus pais, ou melhor, reencontrá-los, ou se fico preocupado em como ela conseguiu o seu e-mail, e tem outra coisa…— Então, eu também não sei como ela conseguiu meu e-mail.— Bem, é que eu tenho quase certeza que essa pessoa que estava mandando as cartas também era ela. — Diz o Enzo me olhando fixamente.— É verdade, por isso os apelidos carinhosos.— Pois é amor, você por um acaso se lembra da fisionomia ou de alguma coisa que identifique que eles realmente são seus pais?— Bem me lembro dos nomes deles, minha mãe se chama Vivian e meu Pai Felipe, mas não me lembro muito da fisionomia deles, lembro vagamente que o cabelo da minha mãe era ruivo, quase um laranja, e da cor dos ol

— Então vamos.Subimos para o quarto, tomamos banho e fazemos amor tão delicioso e com tanta fome um do outro, que parece que estávamos na seca há décadas. Ele se veste como de costume, coloca um de seus ternos lindos, que lhe cai super-bem realçando seu corpo musculoso, minha boca enche de água só de olhá-lo, minha vontade é de arrancar sua roupa e voltarmos para a cama, pois sinto um vazio no lugar onde ele sai, não é só pela penetração, e sim da sensação divina que sinto quando ele está dentro de mim.— Admirando a paisagem? — Pergunta ele me pegando no flagra. E eu claro coro toda.— Só estou resistindo à ideia de te agarrar e voltarmos para a cama.— Não me tente. — Diz ele com aquela cara de tarado que só ele sabe fazer, e eu fiquei mais úmida do que j&aac

— Sim, você será Mamãe!— Como assim doutora? Eu, eu… - Não consigo formular a frase.— Por favor, se acalme. — Pede a doutora.— Eu não posso está grávida!— Querida, um filho é sempre bem-vindo.— Meu Deus! — Falo colocando a mão na boca, o que o Enzo vai pensar? Ele vai pensar que quis dar o golpe da barriga.— Mel querida, você quer fazer uma ultrassonografia, para saber seu tempo gestacional?— Sim doutora, por favor.— Então vamos para a sala de ultrassom.— Tudo bem. — Eu digo e no caminho vou falando com a médica que eu tomava remédio para me prevenir e ela me disse que é normal depois de um tempo o organismo se acostumar e não fazer mais efeito. Chegando na sala de ultrassom tem uma outra médica que realizará o me

Dois meses depois…. — Vamos logo Mel. - Grita a Kah mais ansiosa do que eu para finalmente descobrir o sexo do meu bebê.— Meus Deus, Kamila! Depois que você começou a namorar você ficou chata hein.— Olha quem fala, “ah eu estou gorda, nada me serve, estou igual a uma roliça”.— Vai à merda Kamila e vamos logo, quando voltarmos temos muito trabalho a fazer já que a Editora ficou pronta bem antes do previsto.–—Isso é amiga.— O Enzo nos encontrará lá né?— Sim Melody.— O.k., então vamos, nem acredito que já estou com cinco meses, e que foram os piores meses da minha vida, tudo me enjoava, eu vomitava por tudo, credo.— Pois é, a vida tem disso. - Entramos no meu carro e vamos em direção ao hospi

— Isso foram boatos que um doido inventou, mas o pior não é isso Kah, e sim que ela estava se vendendo para conseguir comprar comida.— Meu Deus! Como assim?— Depois que ela não conseguiu mais emprego por causa dos boatos, começou a transar com um cara que em troca de dava dinheiro, ele a comia e pagava na hora.— Pobre Luize, ela não merecia passar por isso.— Mesmo ela estando toda errada, também não queria que ela tivesse passado por isso, é desumano.— Verdade, você acredita que lá em baixo está tudo limpo?— Sério?— Eu até pensei que tivesse sido você.— Foi ela, está querendo mostrar que está arrependida, mas tenho que te contar uma coisa que fiquei sabendo, sobre meus pais.— O que foi?  — Conto tudo para Kamila que ficar perplexa.Ler mais