Capítulo 35  O choro e a dor me dominam por inteira, a porta da sala é aberta mas não consigo levantar minha cabeça, quem quer que seja anda com passos rápidos até mim.- Selena? Precisa aguentar, precisa estar viva. – Tio Paulo, me sinto aliviada, ele começa a soltar as correntes apressadamente. – Achei ela, ela está aqui. – Grita e algumas pessoas começam a entrar na sala, mas ele não.- Selena, cadê ela? – E então ele aparece, e meu coração salta risonho, vivo, Sebastian está aqui. Tio Paulo termina de me soltar assim que Sebastian chega até mim, seus braços me apertam, casa, Sebastian é minha casa. Levanto meu rosto para olha-lo e ele também cho

Capítulo 36  SebastianMais uma vez acordo com Selena enroscada a mim, seus cabelos como sempre espalhados por seu rosto e pelo travesseiro. Tento gravar cada traço de seu rosto, cada marca, cada pedacinho seu. Quero leva-los comigo sempre, pego meu celular e tiro uma foto dela ainda enrolada a mim, preciso de algo assim comigo quando minha memória não souber fazer jus a sua beleza.Ela começa a despertar, seus olhos se abrem manhosos e me encaram sorridentes, será uma batalha acordar todos os dias sozinho em Amsterdam.Depois de muitos beijos e caricias trocadas precisamos levantar, viajo hoje e ainda falta algumas coisas a serem arrumadas, tentei adiar de todas as formas a viagem, mas está na hora de

Capítulo 37 O professor falava sem parar logo a minha frente, coisas que provavelmente eu deveria estar prestando atenção, não consigo me concentrar para entender alguma coisa relevante, meu pensamento viaja para longe, precisamente para Amsterdam. Os dias estavam se arrastando vagarosamente desde que ele se foi.As mensagens e ligações trocadas não estavam sendo o bastante para aplacar a saudade.O professor avisa sobre o fim da aula e todos começam a se levantar, espero que alguns saiam e me levanto também indo em direção ao ponto de ônibus para ir ao trabalho. Meu celular vibra e pego sabendo de quem é a mensagem. ''Já saiu da faculdade?''" Agora,

Capítulo 38  SebastianJá eram quase oito horas da noite e eu ainda me encontrava no escritório com uma pilha de processos em minha frente. Mesmo querendo minha mente não conseguia me deixar trabalhar, a meia hora liguei para Selena e ela não atendeu e até agora não retornou.Agora são em média, duas da tarde no Brasil, ela sempre me atende quando está no trabalho. Forço minha mente a prestar atenção na mesma linha que já li três vezes, quando começo a me concentrar meu celular toca, pego pensando ser Selena, mas o nome de Joca que brilha na tela.- Joaquim? Que milagre você me ligando cara.

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